
A interven��o prev� a cria��o, entre outras obras hidr�ulicas, de uma barragem de terra com 40 metros de altura e uma rede de rega com cerca de 14 quil�metros de extens�o. Os terrenos abrangidos ser�o dotados de uma rede vi�ria com aproximadamente 20 quil�metros.
Segundo o Estudo de Impacte Ambiental (EIA), que se encontra em fase de inqu�rito p�blico, este empreendimento hidroagr�cola assume especial destaque nos aspectos econ�micos e sociais para os habitantes das povoa��es da Lameira de Santa Euf�mia, Lameira de S�o Geraldo, Lograssol, Carreira, Vacari�a e Reconco.
Com a constru��o da barragem os agricultores ter�o uma origem de �gua para rega o que ir� melhorar a efici�ncia da agricultura j� praticada. E, por essa via, trar� benef�cios directos ao seu or�amento familiar, tendo como consequ�ncia uma melhoria no n�vel de vida.
A execu��o das obras previstas tem um prazo de cerca de 26 meses. O EIA aponta para impactes de constru��o de um modo geral pouco significativos. Mesmo assim, est�o definidas ac��es minimizadoras. O licenciamento depende de autoriza��o das tutelas ministeriais, nomeadamente Ambiente e Agricultura.
A hist�ria do projecto de regadio do Luso, Vacari�a e Mealhada, como muitos outros em Portugal, tem uma hist�ria longa. Os primeiros trabalhos remontam � d�cada de 50 do s�culo passado, atrav�s de obras de beneficia��o.
O empreendimento hidroagr�cola actual foi lan�ado pela Direc��o Regional de Agricultura da Beira Litoral (DRABL) que conta com o envolvimento directo da Junta de Agricultores do Luso, Vacari�a e Mealhada, existente desde 1987.
A localiza��o da barragem teve em conta quest�es geol�gicas bem como o interesse de n�o interferir com o aqu�fero na zona que se cr� ser o das �guas do Luso.
Apesar da exist�ncia de fontes termais nas proximidades, as origens de �gua (po�os e furos) que se mant�m ao longo do ano s�o muito raras.
A candidatura da DRABL ao programa Agris para a realiza��o das obras hidr�ulicas foi aprovada no ano passado.
S�o oito milh�es de euros provenientes de fundos comunit�rios (75 por cento) e do Estado portugu�s (25 por cento).
Sector agr�rio perdeu import�ncia
O Luso � uma freguesia com tradi��o na actividade tur�stica, embora de car�cter sazonal,
baseado na actividade termal. A Vacari�a j� n�o possui actividades econ�micas significativas, com excep��o da ind�stria das �guas minerais naturais com a f�brica das �guas do Cruzeiro.
Constata-se um decrescimento constante da popula��o activa no sector prim�rio nesta regi�o onde predomina a agricultura praticada como forma de complemento do or�amento familiar nas povoa��es localizadas no interior do per�metro de rega da futura barragem.
A paisagem da v�rzea da Vacari�a � marcadamente caracterizada pelas pequenas explora��es agr�colas.
A m�dia de idades dos produtores agr�colas, das povoa��es directamente beneficiadas pelo per�metro de rega � maioritariamente superior a 40 anos. E a ocupa��o em trabalho agr�cola dos produtores � sensivelmente inferior a 50 por cento, visto a actividade agr�cola ser para estes secund�ria.