19.8.05

Convite �s mulheres do Luso




Um apelo �s mulheres do Luso, para que escrevam e n�o se limitem a ler e a engolir o que sentem. Tenho a certeza que t�m muita coisa para dizer, umas mais importantes que outras, e a certeza, tamb�m, que ser�o participa��es f�rteis e bem recebidas. Um convite a derrubar as paredes dos embara�os e dos sil�ncios. ?You are welcome to? Luso e ao dever de falar?For�a!











You are welcome to Elsinore

Entre n�s e as palavras h� metal fundente
entre n�s e as palavras h� h�lices que andam
e podem dar-nos a morte violar-nos tirar
do mais fundo de n�s o mais �til segredo
entre n�s e as palavras h� perfis ardentes
espa�os cheios de gente de costas
altas flores venenosas portas por abrir
e escadas e ponteiros e crian�as sentadas
� espera do seu tempo e do seu precip�cio

Ao longo da muralha que habitamos
h� palavras de vida h� palavras de morte
h� palavras imensas, que esperam por n�s
e outras, fr�geis, que deixaram de esperar
h� palavras acesas como barcos
e h� palavras homens, palavras que guardam
o seu segredo e a sua posi��o

Entre n�s e as palavras, surdamente,
as m�os e as paredes de Elsenor

E h� palavras nocturnas palavras gemidos
palavras que nos sobem ileg�veis � boca
palavras diamantes palavras nunca escritas
palavras imposs�veis de escrever
por n�o termos connosco cordas de violinos
nem todo o sangue do mundo nem todo o amplexo do ar
e os bra�os dos amantes escrevem muito alto
muito al�m do azul onde oxidados morrem
palavras maternais s� sombra s� solu�o
s� espasmos s� amor s� solid�o desfeita

Entre n�s e as palavras, os emparedados
e entre n�s e as palavras, o nosso dever falar

(M�rio Cesariny)

14.8.05

Gabinete Administrativo

DELIBERA��ES
21.10.2005 - Abrir os coment�rios a utilizadores registados;
EM AN�LISE
1- Defini��o e nomea��o dos administradores; 2- Modo de gest�o do blog; 3- Entrada de colaboradores exclu�dos e outros;
(Ainda n�o se conseguiu estabelecer o contacto com todos os administradores)
Contactos dos administradores em exerc�cio provis�rio: lua@luso.pt; jerico.albardas@oninet.pt

5.8.05

Onde andam?


Muito se tem falado da classe pol�tica do Luso, bem como de empresas privadas e empres�rios individuais da restaura��o e hotelaria. Sem menosprezar este debate, antes pelo contr�rio!, gostava de introduzir nesta discuss�o o que podemos chamar de sociedade civil. N�o me interessa, de momento, observar as gentes do Luso, nas suas idiossincrasias, mas das que, unindo-se, tentam fazer alguma coisa. Seleccionei apenas um desses grupos, esperando que os participantes deste blog enunciem outros.
Um dos grupos associativos que passou como um meteorito pelo Luso, t�o forte quanto r�pido, foi o clube constitu�do pelos nossos motards. Nessa �poca, conseguiram, a partir do nada, dinamizar a vila com iniciativas e actividades que lhes valeram o reconhecimento popular, n�o obstante a simplicidade e humildade com que as fizeram. A corrida de carrinhos de rolamentos, os pais Natal (cujas prendas e fatos foram pagos pelos membros) e um concerto (com v�rios grupos) a prop�sito de uma concentra��o no Lago, foram projectos que dificilmente esqueceremos, ensinando-nos que basta vontade e esp�rito criativo para que as coisas sejam levadas a bom porto, mesmo quando a mar� n�o � favor�vel.
N�o foi f�cil, tanto quanto sei, que n�o � muito , para este grupo singrar, tendo de combater obst�culos burocr�ticos da JTLB, JFL e CMM, como o que aconteceu aquando da j� referida concentra��o e concerto no Lago: tendo a organiza��o pedido permiss�o para acampar as muitas pessoas que vieram assistir a esta iniciativa, este pedido foi negado com o subterf�gio de que n�o era permitido "campismo selvagem". Apesar deste e outros entraves semelhantes (desde da moralidade bacoca � burocracia tacanha), este grupo nunca virou as costas ao Luso, assumindo o papel de embaixadores da nossa terra por outras localidades lusas e, inclusive, por terras de nuestros hermanos.

O Moto Clube de Luso, desapareceu como surgiu, como um baque. Nunca percebi o porqu�. As quez�lias interiores, normais em associa��es, parecem ter levado a melhor e a popula��o, que tanto gostou de tais iniciativas, ficou imp�vida e serena, enterrando o assunto.
Este grupo de pessoas com amor � terra e �s motos serve de exemplo a outros grupos existentes no Luso, que insistem em n�o sair da sua redoma, legitimando esse encerramento em si sei l� por que pretextos escusos.

Este exemplo mostram-nos que a burocracia e outros parasitas s�o de somenos import�ncia quando queremos, realmente, fazer alguma coisa e que todos os momentos s�o bons para (re)come�ar.

Agrade�o em meu nome e, penso, do Luso.