A propens�o marginal ao consumo tur�stico
Ao abrirmos um qualquer comp�ndio de Economia e/ou Gest�o, um dos conceitos base que nos salta imediatamente � vista, � o conceito de propens�o marginal ao consumo (p.m.c.). Tal conceito significa que, perante um acrescimo infinit�simal do redimento disponiv�l, h� sempre uma fatia desse rendimento, que � destinada ao consumo. Como todos os modelos, os modelos econ�micos s�o simplifica��es da realidade humana, que nos ajudam a compreender a reac��o da economia perante uma qualquer interven��o. Assim sendo, as estimativas feitas para a maior parte das na��es do mundo, indicam um valor � volta de 0,8 (ou 80%, como queiram), para a propens�o marginal ao consumo (a realidade, composta pelos individuos livres e reactivos, � bem mais complexa que isto, mas este � um valor que nos ajuda a compreender muitas coisas). Este valor significa que, se o Estado, afectar positivamente o rendimento disponivel das fam�lias (por exemplo, diminuindo os impostos sobre o rendimento), apenas 80% desse valor entra na dinamiza��o da actividade econ�mica via consumo. O restante � canalizado para a poupan�a e indirectamente para o investimento, o que o faz depender de expectativas, indices de optimismo, taxa de juro, taxa de c�mbio etc.
Se ao n�vel das na��es, h� a preocupa��o efectiva em conhecer os mecanismos de ac��o-reac��o da economia, � na minha opini�o, um profundo atestado de incompet�ncia, a n�o implementa��o deste tipo de estudos e modelos ao niv�l tur�stico, ou seja, forjam-se medidas avulsas, sabendo que elas t�em impacto positivo sobre o movimento tur�stico, mas sem se establecerem as prioridades necess�rias � ac��o. Isto acontece, n�o por m� vontade, mas por pura ignor�ncia dos respons�veis dos cargos de decis�o pol�tica, que desconhecem a realidade que os rodeia, e n�o se sabem rodear por especialistas que os possam ajudar nas decis�es. Digo com isto, que preferem contratar uma empresa de um �amigalha�o� do partido (mesmo que essa empresa n�o seja t�o competente), do que contratar os servi�os de uma empesa de consultoria a s�rio. � triste, mas � a realidade de todos os dias (n�o s� no nosso Concelho).
Seria interessante, estudar quais os impactos marginais (aplicando ao turismo, o mesmo conceito de propens�o marginal ao consumo), das medidas avulsas que se tomam. Quero com isto dizer que, uma vez que os recursos s�o escassos, h� que identificar quais as medidas que poder�o ter mais impacto no crecimento tur�stico do Luso. Ser� que 1000 Euros investidos em Jardins d�o o mesmo resultado que mil Euros investidos em publicidade num canal de televis�o? Ser� que uma �rvore que cai no Bussaco (por muito que nos doa o cora��o) tem um impacto negativo na procura tur�stica? Ser� que, investir numa determinada �rea hoje ou amanh� (perante a mudan�a constante do mundo que nos rodeia) � indiferente? Ser� que gerir uma junta de turismo, como se geria � 20 anos, faz sentido? A falta de funcion�rios, especialmente qualificads para o efeito, � ou n�o, um problema grave da Junta de Turismo de Luso e Bussaco, que afecta negativamente os resultados e a capacidade deste organismo.
Apesar das boas not�cias (que as h�, felizmente), e do esfor�o feito pelos respons�veis (se bem que nem sempre na melhor direc��o), n�o acham que est� mais do que demonstrado pela realidade dos factos, que estamos rodeados de incompet�ncia t�cnica camuflada debaixo de um excesso de compet�ncia pol�tica?
Touch� . . .
Se ao n�vel das na��es, h� a preocupa��o efectiva em conhecer os mecanismos de ac��o-reac��o da economia, � na minha opini�o, um profundo atestado de incompet�ncia, a n�o implementa��o deste tipo de estudos e modelos ao niv�l tur�stico, ou seja, forjam-se medidas avulsas, sabendo que elas t�em impacto positivo sobre o movimento tur�stico, mas sem se establecerem as prioridades necess�rias � ac��o. Isto acontece, n�o por m� vontade, mas por pura ignor�ncia dos respons�veis dos cargos de decis�o pol�tica, que desconhecem a realidade que os rodeia, e n�o se sabem rodear por especialistas que os possam ajudar nas decis�es. Digo com isto, que preferem contratar uma empresa de um �amigalha�o� do partido (mesmo que essa empresa n�o seja t�o competente), do que contratar os servi�os de uma empesa de consultoria a s�rio. � triste, mas � a realidade de todos os dias (n�o s� no nosso Concelho).
Seria interessante, estudar quais os impactos marginais (aplicando ao turismo, o mesmo conceito de propens�o marginal ao consumo), das medidas avulsas que se tomam. Quero com isto dizer que, uma vez que os recursos s�o escassos, h� que identificar quais as medidas que poder�o ter mais impacto no crecimento tur�stico do Luso. Ser� que 1000 Euros investidos em Jardins d�o o mesmo resultado que mil Euros investidos em publicidade num canal de televis�o? Ser� que uma �rvore que cai no Bussaco (por muito que nos doa o cora��o) tem um impacto negativo na procura tur�stica? Ser� que, investir numa determinada �rea hoje ou amanh� (perante a mudan�a constante do mundo que nos rodeia) � indiferente? Ser� que gerir uma junta de turismo, como se geria � 20 anos, faz sentido? A falta de funcion�rios, especialmente qualificads para o efeito, � ou n�o, um problema grave da Junta de Turismo de Luso e Bussaco, que afecta negativamente os resultados e a capacidade deste organismo.
Apesar das boas not�cias (que as h�, felizmente), e do esfor�o feito pelos respons�veis (se bem que nem sempre na melhor direc��o), n�o acham que est� mais do que demonstrado pela realidade dos factos, que estamos rodeados de incompet�ncia t�cnica camuflada debaixo de um excesso de compet�ncia pol�tica?
Touch� . . .
17 Comments:
Habitualmente, o nosso grande Amigo GATO DAS BOTAS, produz posts de qualidade, com ideias correctas e, normalmente, eivadas de bom-senso e capacidade. No entanto, desta vez,embora concorde com algumas das quest�es que ele aqui aborda, n�o posso deixar de dizer que os funcion�rios da JTLB s�o pessoas dedicadas e competentes, ali�s, as pessoas que l� trabalham foram contratadas, concerteza, tendo em conta as necessidades sentidas pela entidade contratante que avaliou as capacidades das pessoas em fun��o das necessidades dos servi�os a prestar. Uma funcion�ria � administrativa e a outra senhora funcion�ria trata-se de uma pessoa licenciada a quem nunca foi proporcionada a necess�ria forma��o profissional da parte da entidade contratante. Se apesar do esfor�o feito pela t�cnica superior houver defici�ncias no seu desempenho a entidade patronal deve proporcionar-lhe a adequada forma��o profissional.
Obrigado pela li��o de economia, caro Gato.
Quanto � JTLB,
Seria importante saber-se quais s�o as atribui��es/compet�ncias que lhe cabem por lei.
e quais os meios (humanos e financeiros de que pode dispor.
Seria bom voltar ao assunto e esclarecermos melhor estes aspectos...
Caro Mandrake
Ao n�o introduzir o conceito de elasticidade, fi-lo propositadamente, uma vez que teria de definir o tipo de bem (primeira necessidade, normal ou de luxo), e iria introduzir demasiados conceitos, sem nenhum acr�scimo de informa��o pertinente. Como sabe, a elesticidade n�o � constante a n�o ser em modelos te�ricos, e implica conceitos como derivadas para a sua total compreens�o. Sempre que escrevo preocupo-me em transmitir uma mensagem que fa�a sentido para todas as pessoas (mesmo as que n�o possuem conhecimentos de matem�tica ou economia).
Poderia igualmente (isso sim), ter introduzido o conceito de multiplicador do investimento p�blico, mas mais uma vez, ca�riamos numa an�lise demasiadamente matem�tica. Na minha opini�o, a compreens�o da mensagem, faz-se melhor, quando se fala no dia-a-dia das pessoas e nas suas escolhas.
Jorge Carvalho
� exactamente isso que deveria ser feito: deveria apostar-se mais na forma��o dos funcion�rios. N�o basta dizer que fazem o m�ximo que podem, uma vez que est� demonstrado que esse m�ximo n�o d� frutos. H� que inverter essa tend�ncia ao imobilismo. H� que dar a essas pessoas a possibilidade de saber mais, uma vez que n�o possuem forma��o acad�mica espec�fica para o lugar em que est�o. Apesar de o Jorge nada ter a ver com o facto, est� colocado num lugar previligiado para poder fazer chegar a mensagem a quem de direito. Conto consigo.
Enquanto vai e n�o vem a coisa continua na mesma ...
O assunto � pertinente, no entanto
parece-me prematuro estarmos a fazer uma an�lise de efic�cia, a partir do momento que nem sequer o BA-B� � dominado e posto em pr�tica.
� melhor n�o confundirmos o incha�o com a gordura!
�Estamos� a falar muito bem!
GOSTEI!
E para a nossa terra, qual � a solu��o?
Ou vamos ficar a aguardar o per�odo �p�s-dissolu��o� das RT, AT, etc, para decidir o que fazer?
Ponham os olhos na nossa vizinha Espanha como promo��o do pa�s em geral e nas suas regi�es como casos particulares (exemplo: Andaluzia). A Espanha � um dos pa�ses com maior n�mero de visitantes e melhores receitas ao nivel do Turismo.
Fa�am um Benchmarking. Vejam como trabalharam os melhores, analisem, retirem as melhores pr�cticas e o que pode ser aplic�vel. Aprender nunca fez mal a ningu�m.
A aposta na promo��o � fundamental e n�o pode ser s� nas feiras de turismo a que nem alguns restaurantes querem ir por causa da despesa e trabalho que d�.
Ressalvando as devidas propor��es (serve na como exemplo de reflex�o) a Espanha fez promo��o em cadeias televis�o de n�vel mundial, como a CNN ou a Eurosport, de modo a atinger um determinado segmento do mercado mundial, o segmento que tem poder de compra e que se passeia pelo mundo. A promo��o deve ser feita obj�ctivamente de modo a atingir os mercados certos.
Quero com isto dizer que primeiro se devem tra�ar obj�ctivos (o que � que se pretende), depois definir ac��es para os alcan�ar (o que fazer e como) e por fim implementar optimizando os recursos (gerir, analizar, corrigir).
Estes principios podem ser aplicados ao nivel local, mas aparentemente nada disto � feito. Algumas medidas s�o tomadas avulso e sem nexo por quem por vezes n�o tem forma��o ou capacidade para o fazer, s� porque ouviram falar e at� gostaram da ideia, ou porque deu resultado num outro caso que pode n�o ser similar.
Por fim o elogio que foi feito aos politicos. Mesmo no contexto em que est� incerida, n�o concordo com express�o. N�o h� excesso de compet�ncia politica. Exitem, no entanto, alguns politicos competentes, mas a maior parte s� est� envolvida porque conseguiu um tacho. O mesmo se passa ao n�vel do turismo...infelizmente.
Urtig�o
Estamos completamente de acordo: Nunca h� (nem houve), excesso de compet�ncia pol�tica neste concelho! � justamente a� que eu queria chegar.
Mandrake
Pelos vistos quem tem de lhe fazer um reparo sou eu.
Como sabe a fun��o consumo/rendimento � uma fun��o que se obtem directamente da fun��o utilidade, derivada (conceito de derivadas) como sabe de um plano de isoquantas. Assim sendo, a n�o ser por simplifica��o grosseira do racioc�nio, n�o � uma fun��o de elasticidade constante. O conceito de elasticidade, s� se compreende completamente com a explica��o integral do modelo microecon�mico, e s� pessoas sem forma��o econ�mica de raiz (� laia de jornalista, de jurista ou do velhinho curso de economia da Faculdade de Direito de Coimbra), se podem propor a explicar tal conceito num mero post. Mas se quer tentar, esteja � vontade, duvido que toda a gente, ou mesmo alguns, o entendam. Mas n�o v� buscar o conceito de elasticidade ao Samuelson ou qualquer canhanho do g�nero - tente explicar para quem n�o tem forma��o econ�mica. Foi isso que eu tentei fazer.
N�o estava � espera que algu�m tivesse a inten��o de dizer �a minha � maior do que a tua�, quando o que est� em causa � a transposi��o do exemplo �propens�o marginal ao consumo� - que � uma taxa constante (acad�micamente) com o rendimento - para um modelo tur�stico regional (nem sequer nacional). N�o me vai querer dizer que pretende uma abordagem pela baixa dos pre�os, ao problema tur�stico do Luso, como deixa antever pela necessidade de utiliza��o do conceito elasticidade rendimento do consumo. A fun��o procura tur�stica lusensense (se assim se pode chamar) � relativamente inel�stica ao rendimento - mediante o acr�scimo de 1% do rendimento das fam�lias, n�o � de esperar nenhuma altera��o na procura tur�stica do Luso (conceito de elasticidade rendimento do consumo).
H�, isso sim, que apostar em vectores-componentes, cuja propens�o ao consumo tur�stico seja maior. Alterando assim a composi��o do �bundle asset� turismo lusense, e por conseguinte a sua competitividade nacional e internacional.
Os conceitos de economia, n�o s�o chav�es te�ricos, livrescos ou jornal�sticos. S�o instrumentos de racioc�nio, que n�o se devem utilizar de forma ad-hoc, sob pena de fazermos meramente um exerc�cio ret�rico sem utilidade nenhuma para quem nos escuta.
�Post Hoc, ergo propter hoc� � o sufisma decorrente de quem cai nesse erro. A verdadeira raz�o das coisas fica sempre por conhecer, e n�o � isso que desejamos para a nossa terra.
Touch�...
E?
Bl� ... Bl� ... Bl� ...
Que bom!
Exactamente, meu caro amigo... N�o � exactamente isso que costuma tamb�m fazer no seu blog?
Uhhhh how sensible!
Ouve l� p�!
As sugest�es costumam ser mais �pratic�veis� acess�veis, e como deve ser a comunica��o ... claras e concisas!
Para al�m de infeliz, �s um l�rico, um te�rico!
Nem os �PHD� das melhores universidades do mundo do sector t�m este tipo de discurso.
Expecialmente quando est�o a falar para um publico leigo como n�s somos.
Pega em todo esse saber e volta para Coimbra!
Ter�s no��o do rid�culo?
Faz mas � o teu trabalho e deixa-te de masturba��es �inform�tico-intelectuais�!
Desculpem,
x=s!
Caro Mandrake
Na minha resposta ao seu coment�rio escrevi:�Ao n�o introduzir o conceito de elasticidade, fi-lo propositadamente, uma vez que teria de definir o tipo de bem (primeira necessidade, normal ou de luxo), e iria introduzir demasiados conceitos, sem nenhum acr�scimo de informa��o pertinente. Como sabe, a elesticidade n�o � constante a n�o ser em modelos te�ricos, e implica conceitos como derivadas para a sua total compreens�o. Sempre que escrevo preocupo-me em transmitir uma mensagem que fa�a sentido para todas as pessoas (mesmo as que n�o possuem conhecimentos de matem�tica ou economia)�
S� lhe respondi novamente, porque acho que n�o podemos induzir as pessoas em erro com falsos conceitos.
A sua resposta (em mai�sculas) � tipica de quem, ao n�o saber o que contrapor t�cnicamente, se p�e ao gritos. Enfim. Quem l� far� o seu ju�zo. Confesso que s� me dei ao trabalho de fazer um segundo coment�rio, pois julgava que estava a dialogar consigo. Vejo agora que estava errado. Pe�o desculpa por ter sido demasiadamente t�cnico - n�o era esse o meu objectivo.
Grama-o-fone.
O meu coment�rio t�cnico era dirigido ao mandrake. Quanto ao bl�... bl�... mantenho o que disse.
Mas n�o se preocupe, n�o o mando para Coimbra, nem para nenhum outro lugar menos pr�prio. Tenho direito a expressar a minha opini�o e vou continuar a faz�-lo, sem ter necessidade de passar por cima de ningu�m.
Quanto ao lirismo e �s teorias, � uma opini�o sua... tem direito a t�-la. � uma pena que pense assim.
� engra�ado que o bl� ... bl� ... lhe tem feito jeito por diversas vezes!
N�o cuspa no prato onde comeu!
Esse tipo de atitude fica-nos sempre mal!
Fiquei convencido. Os senhores est�o cobertos de raz�o. Parab�ns.
N�o farei mais nenhum comentario tecnico que possa correr o risco de melindrar ou ofuscar a sabedoria de ningu�m.
Pe�o desculpa pelo inc�modo.
N�o posso responder a essa, p�...lololololololol...
O que � que tu achas???... �, ou n�o �???... a d�vida � eterna... ou ser� que n�o... lololololol
Tenho a impress�o que te est� a acontecer o �complexo das tias�... deixa l�... isso passa, P�!
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