MODAS!
Ufa! Custou-me para caramba descobrir como conseguia voltar a postar! Enfim, l� descobri!
O tema volta a ser a HOMOSEXUALIDADE!
Nos �ltimos tempos foram v�rias as refer�ncias no "nosso" (j� nem sei!) BLOG a este tema que, goste-se ou n�o se goste, aceite-se ou n�o se aceite, marca indiscutivelmente a actualidade!
Peguemos nos exemplos da recente cerim�nia dos �SCARS de HOLLYWOOD e vamos concluir que parece que tudo o que tinha a ver com cenas de gays ou por l� perto levou pr�mios para casa! �! Parece que hoje em dia, um filme com argumentos "virados" j� � meio caminho andado para vir a ser filme premiado!
Tudo isto me faz reflectir e chegar � conclus�o de que come�a a haver uma grande misturada entre duas ideias que me parecem completamente distintas!
Uma coisa s�o as campanhas de sensibiliza��o para a aceita��o da homosexualidade que me parecem perfeitamente pertinentes!
Outra coisa s�o as aut�nticas campanhas de PROMO��O da homosexualidade em que muitos programas televisivos, filmes ou situa��es variadas se t�m transformado!
Sem repararmos, estamos a ser bombardeados diariamente com campanhas deste �ltimo g�nero que referi, o que j� me parece bastante abusivo, desagrad�vel e despropositado! Assistimos a verdadeiros incentivos � homosexualidade com a desculpa de que se trata de algo normal!
Aceitar a homosexualidade � uma coisa (positiva!), j� promover a homosexualidade � um absurdo em que os org�os de comunica��o est�o a cair com a maior das facilidades!
S� mais um aspecto! Muitos de n�s dizemos que a homosexualidade � coisa que aceitamos e respeitamos! Mas pergunto: se virmos um casal na rua aos beijos a nossa reac��o ser� provavelmente de indiferen�a mas, se virmos dois homens ou duas mulheres aos beijos, a nossa reac��o continuar� certamente a ser de indiferen�a � qual juntamos "desacordo interior"! Porqu�?
Muito simplesmente, porque a homosexualidade j� � aceite pelo povo mas n�o constitui em si uma situa��o normal e n�o o vai ser com certeza se n�o continuar a ser promovida como tem sido!
9 Comments:
Com tanta defesa das minorias, � caso para perguntar: Mas ent�o, quem � que defende a maioria?
Lobo
Concordo a 100% com o teu post.
Ainda n�o compreendi a vossa revolta em rela��o � homossexualidade. Os argumentos que usam s�o t�o superficiais qu�o falaciosos.
O principal argumento que sust�m a tese anti-homossexualidade, sobretudo a masculina porque a feminina at� faz parte das fantasias mais comuns dos mach�es (que, ami�de, pensam �elas s�o l�sbicas porque nunca tiveram um gajo como eu� ou �o que elas querem sei eu� e mimos do g�nero), � o de este comportamento ser desviante porque anti-natural. Escalpelizemos este argumento mui s�lido e assaz pertinente.
Em primeiro lugar, quando dizemos que algo � anti-natural podemos estar a dizer duas coisas: � um comportamento que se op�e ao nosso determinismo natural (no sentido f�sico-biol�gico) ou/e que � um comportamento sociologicamente desviante porque n�o est� conforme �s normas e padr�es s�cio-culturais da nossa sociedade.
Obviamente que, a confus�o � tanta, que ningu�m sabe dizer preto no banco que tipo de naturalidade se est� a usar, confundindo-se a dimens�o biol�gica do ser humano com a moral tacanha.
Para quem tiver pachorra e n�o tenha medo de colocar em causa o pensamento t�o arrumadinho entre bom e mau, num j� bacoco maquiavelismo, c� vai o que penso sobre este argumento.
1 ? Dizer que a homossexualidade � anti-natural �, muitas vezes, dizer que � algo que como animais que somos n�o dev�amos fazer (sendo comum, a par deste argumento, o uso do reino animal). Ora, n�o menos natural, em oposi��o ao reino natural, � a exist�ncia de guerras armadas que transcendem a pura sobreviv�ncia ou, at�, o uso de talheres para comer, os telem�veis, a moda, a arte, etc....
Noutra perspectiva, a homossexualidade � entendida como n�o natural porque n�o permite a procria��o. Como todos sabemos, este foi o principal argumento da religi�o, que, desde a Gnose, repudia todo o princ�pio do prazer. Ora, se � neste sentido que a homossexualidade � anti-natural j� perceberam onde est� a fragilidade. Por um lado, tudo o que fazemos � movido pelo princ�pio do prazer, seja o imediato (por exemplo, ter um orgasmo) ou supra-mediato (n�o ter prazer imediato para viver a vida eterna). Por outro, ao defendermos este argumento dev�amos ser conformes e afastar-nos de todas as pr�ticas sexuais e �ntimas que n�o tenha como consequ�ncia a procria��o (o uso de p�lula, o m�todo da temperatura corporal, o calend�rio da ovula��o, o coito-interrompido, o uso de preservativo, o sexo anal, o sexo oral).
Numa outra perspectiva, a homossexualidade, aqui relativa � masculina, ter� que ver com o facto de o �nus n�o estar, pela pr�pria natureza do �rg�o, preparado para as rela��es anais (e da�, o uso de lubrificantes). Ora este argumento tamb�m n�o far� muito sentido, porque � extensivo, tamb�m, aos rabos heterossexuais, masculinos e femininos.
2 ? Numa segunda acep��o do argumento da naturalidade, temos a quest�o social, o comportamento desviante.
Este comportamento desviante, no mundo ocidental, s� tomou um tom pejorativo devido ao argumento, supra-citado, do princ�pio do n�o prazer pela m�o da religi�o. Isto porque, na Antiguidade Cl�ssica, a homossexualidade era tida como natural entre os homens, uma vez que se partia da ideia que a mulher era um ser inferior, com o qual s� se copulava para procriar porque o verdadeiro amor s� era poss�vel entre dois seres (superiores, inteligentes) semelhantes, ou seja, os homens.
Noutra perspectiva deste argumento nesta acep��o � o confronto com o que existe, actualmente, em maioria. Este argumento � falacioso porque, por um lado, nunca o crit�rio da maioria � crit�rio legitimador, ainda que seja origem do padr�o sob o qual nos devemos reger e, por outro, porque ainda n�o est� esclarecido de que tipo de maioria falamos. Ou seja:
a) por um lado, parte-se do pressuposto que a maioria da popula��o � heterossexual. S�-lo-�? Quanto relacionamentos aparente hetero existem cujos elemento n�o se sentem satisfeitos com esta op��o; quantas taras, como a pedofilia masculina, n�o existem � luz de uma repress�o social? � esta repress�o que leva � infelicidade das pessoas, muitas vezes porque se insiste em arrumar de modo fixo as coisas e, se calhar, devemos ser todos bissexuais. Se � a pura rela��o sexual que choca, lamento o empobrecimento das vidas �ntimas de cada um; se a quest�o est� no amor entre pessoas do mesmo sexo, n�o compreendo em que medida isso � diferente de sentir amor por algu�m com uma qualquer defici�ncia ou algu�m que n�o est� nos c�nones de beleza. � que � o amor que interessa, tanto � poss�vel amar um homem ou uma mulher, tal � poss�vel amar uma pessoa menos bonita, uma pessoa em cadeira de rodas, um an�o, etc.. Mas n�o vou falar aqui de amor; voltemos ao problema da homossexualidade que est� centrado no acto sexual.
b) Por outro lado, � tido como um comportamento desviante porque as fam�lias s�o todas heteros e isto n�o dota os homossexuais de capacidade para bons educadores. � este, ali�s, o argumento do politicamente correcto com ressalvas: �sim, cada um � livre de fazer o quer na sua intimidade, mas da� a casar e a constituir fam�lia, alto l�!�. Ora bem, nem sei por onde come�ar ? e n�o vos quero cansar mais? Em primeiro lugar, em rela��o � institucionaliza��o do casamento: compreendo que os homossexuais n�o possam casar pela Igreja, que tem toda a legitimidade de fazer as suas regras, mas n�o compreendo o fundamento do casamento civil n�o ser extensivo aos homossexuais. Qual � exactamente o problema? Mais uma vez, a procria��o e a educa��o de filhos. Surge aqui, o novo e mais usado argumento: as crian�as precisam de um modelo materno e paterno. Se assim �, os div�rcios e as fam�lias monoparentais deviam ser proibidas, tal como as �produ��es independentes�. Al�m disso, o facto de ser pai e m�e numa fam�lia tradicional n�o traduz a capacidade destes serem bons educadores (ainda h� esta ideia peregrina de que uma mulher � boa m�e s� porque � mulher). Al�m disso, ainda, e em consequ�ncia do meu argumento anterior, se sup�e que os homossexuais s�o sexualemente prom�scuos, coisa que parece n�o existir nos heterossexuais, mesmo que saibamos que h� pais e m�es a violar filhos e filhas ou, sem cair em extremos, os casais heteros com filhos gostem de estar com outros casais ou tenham amantes fixos, etc.. Tanta preocupa��o com os modelos que as crian�as devem ter e depois acha-se normal a viol�ncia dom�stica, porque � entre heterossexuais. N�o me lixem, que modelos devem ter afinal as crian�as? N�o s�o aqueles que a protegem nos seus direitos, que lhe d�o educa��o, um ambiente familiar tranquilo e s�o? � prefer�vel ver o pai a bater na m�e do que ter dois pais ou duas m�es bem formados? Obviamente que n�o, porque o que est� aqui em causa � o melhor para a crian�a e n�o as tend�ncias e fantasias sexuais dos pais.
O outro argumento, o final, em rela��o � educa��o das crian�as � o estigma social: parte-se do pressuposto que um filho de um casal homossexual ser� enxovalhado pelos outros, das fam�lias tradicionais, � semelhan�a do que j� aconteceu, no in�cio, com os filhos de fam�lias monoparentais. Depois do que eu disse, pergunto, de novo o que enxovalha mais: ter um pai que viola a crian�a ou bate na m�e (ou vice-versa) ou ter como educadores pais equilibrados homossexuais?
Desculpem a extens�o do coment�rio, mas odeio desonestidades intelectuais e hipocrisias socias.
Numa coisa, por�m, devo concordar com alguns que falam de um lobby gay. N�o sei se existe tal coisa, de qualquer modo, o uso pol�tico de alguns partidos das minorias e o tom muitas vezes, tamb�m, intolerante e excessivo de organiza��es como a Opus Gay � algo com o qual n�o compactuo (e h� que fazer a ressalva, pois muitos homossexuais s�o tamb�m contra este tipo de ac��es que s� servem para, muitas vezes, dar uma perspectiva errada do que � a homossexualidade). De qualquer modo, se calhar este politicamente correcto � necess�rio para uma primeira abertura de mentalidades.
Cara Lua
Gostei das suas reflex�es e em particular das justifica��es que encontrou, como a pedofilia, a viol�ncia dom�stica, e outros crimes sexuais intra-familiares, para promover a aceita��o social da homosexualidade.
Por mim, nunca tive experi�ncias homosexuais mas respeito quem tiver essa op��o, desde que n�o se meta comigo...
Eu, agora vivo com uma galinha!, exactamente uma galinha que � muito ternurenta e algu�m tem alguma coisa com isso?!!!N�s amamo-nos e eu dou-lhe milho e ela d�-me os ovos.
J� em tempos amei uma cabrinha, eu dava-lhe ervinhas e ela dava-me leitinho. E algu�m tinha alguma coisa com isso?... Depois aborreci-me e pus-lhe os cornos, que eram dela!
Ando precisamente nesta ocasi�o a tratar da legaliza��o da minha uni�o � chica (a minha amada galinha)!
J� temos descendentes, que s�o os pintos-alertas a quem temos dado a educa��o de s� cacarejarem quando s�o chamados e sobre o que sabem...
Abaixo as fobias sexuais!
Viva a liberdade sexual!
Int�...
Caro sentinela, n�o justifiquei a homossexualidade com parafilias, apenas que muitas dessas parafilias t�m origem em repress�es de �ndole sexual.
Caro faifu se n�o concorda mande l� os argumentos que sou toda ouvidos...pois, n�o existem n�o �?
Para ambos e restantes: se n�o os incomoda a op��o sexual entre seres livres e respons�veis por que raz�o tem sido este tema uma constante no vosso discurso pseudo-mach�o? Tenho para mim que os dignissimos senhores t�m medo de cair em tenta��o e por isso criam tais anti-corpos...
Cara Lua
Apesar da sua provoca��o respondo-lhe, seriamente, atendendo �s suas posi��es frontais que tem assumido em v�rios outros assuntos.
Claro que o tema das op��es sexuais � do foro �ntimo de cada um e � dificil atrav�s da raz�o fazer mudar a respectiva sensibilidade.
Tenho para mim que a op��o sexual bem como as op��es de vida em muitos outros aspectos deriva de um projecto de vida que se vai formando desde a inf�ncia, se estrutura na juventude e se revela na idade adulta.
Uns, nos quais me incluo, t�m no seu projecto de vida dirigir a sua ac��o no sentido de fazer avan�ar o mundo, na melhoria das condi��es de vida, suas e dos seus concidad�os e � a� que recolhem o prazer, o est�mulo necess�rio para superar as dificuldades . POr exemplo a procria��o � um acto de grande altru�smo. Quantos milhares de dias tem um progenitor de sacrificar do seu deleite da vida para ajudar um filho! Mas � em v�-lo crescer e preparar-se para a vida que est� o prazer. E, no limite, � o mesmo prazer que temos em ver a sociedade avan�ar no caminho do progresso.
Este � um n�vel superior de prazer que est� para al�m dos prazeres sensoriais.
Por outro lado pelo que me tenho apercebido, outros, quer no plano sexual quer nos outros aspectos da vida, assumem-se como o centro do mundo e p�em acima de tudo o seu pr�prio prazer. Destes os homosexuais s�o apenas uma parte.
S�o para mim pessoas com um projecto de vida mais limitado. Mas eu respeito-os e ajudo-os se estiver ao meu alcance,pois � esse o meu prazer conforme , o meu projecto de vida.
NEste mundo ter� de haver lugar para todos. N�o podemos � permitir que uns pretendam subjugar os outros como hoje parece acontecer com os homo em rela��o aos hetero.
Fico por aqui.
Int�
Caro Lobo Mau, � exactamente por saber que os nossos filhos t�m o direito a ser livres e respons�veis pelos seus actos que luto por uma sociedade melhor, sem discrimina��es avulsas. N�o fa�o ideia se � pai, mas se �, devia tamb�m saber que, independentemente, das nossas cren�as e ideais, os nossos filhos fazem o seu pr�prio caminho. Ou acha que os pais dos homossexuais lhes disseram que era normal ser homossexual e fomentaram de alguma forma essa op��o?
Temos a obriga��o de n�o s� dar as ferramentas que achamos necess�rias aos nossos filhos mas, tamb�m, de lutar por um mundo mais justo. Devolvo-lhe a pergunta: se um dos seus filhos optar por ser homossexual o senhor interna-o numa cl�nica? Coloca-lhe as malas � porta? Se tiver um filho respons�vel, proficiente na sua profiss�o, bom cidad�o, pensa justo ser discriminado pela sociedade por uma op��o da sua pr�pria sexualidade? Ou prefere que ele reprima a sua op��o e seja um ser humano conforme aos seus desejos, mas infeliz?
� exactamente por pensar nos meus filhos e nos seres humanos em geral, enquanto seres de direito, que tenho esta posi��o.
Caro sentinela, coloca a quest�o da procria��o. Concordo consigo que o acto de ter filhos � um acto de altru�smo. At� aqui tudo bem, estamos de acordo. As diferen�as come�am quando acha que este altru�smo est� � frente do prazer sensorial. Este � um problema que transcende a quest�o da homossexualidade, como j� tinha dito antes, porque a maior parte dos heterossexuais tamb�m usam m�todos contraceptivos, ou seja, est�o a colocar o hedonismo sensorial � frente. Ali�s, o pr�prio altru�smo de ter filhos deve tamb�m ser um prazer, em prol da boa sanidade mental dos petizes porque n�o h� nada pior que fazer sentir aos filhos que s�o um peso, uma carga. Por isso, estamos, tamb�m, na esfera do prazer e do ego�smo, o que n�o � necessariamente mau. As coisas, por�m, n�o s�o t�o simples. Quantas crian�as s�o abondonadas e maltratadas que esperam fam�lias que as adoptem? Quantos casais existem que n�o conseguem ter filhos? Pensa-os menores porque n�o podem procriar? N�o, claro que n�o! Porque o altru�smo n�o est� em procriar, mas em saber educar e isso n�o � s� apan�gio dos casais heterossexuais, como nos mostra a realidade social.
Caro sentinela, em rela��o ao seu �ltimo coment�rio, que me esqueci de comentar, concordo em parte consigo, como j� tinha dito.
N�o concordo com alguns exageros dos grupos gays e n�o penso que exista superioridade alguma em ser homo, hetero ou bissexual. No entanto, tal como aconteceu em tempos com outras minorias ou mesmo com outros grupos, como o das mulheres, por vezes � preciso tomar posi��es mais radicais de molde a fazer ouvir outras vozes. N�o que concorde - como ali�s n�o concordo com o discurso feminista ou com as recentes cotas para mulheres em partidos pol�ticos -, mas consigo compreender. E n�o concordo porque, para mim, o crit�rio deve ser sempre o do m�rito e o da cidadania e n�o outro qualquer.
Cara Lua
Afinal estamos mais afinados pelo mesmo diapas�o do que parecia!
O di�logo � fundamental, para as pessoas de boa f�.
Lament�vel � que alguns por a�/aqui, com responsabilidades sociais, digamos pol�ticas, tenham horror ao di�logo. N�o ser�o, por certo, de boa f�!
At� sempre... um dia a vida nos dar� ao conhecimento...
Meus respeitos.
Retribuo os cumprimentos e, como j� deve saber, concordo consigo quanto ao resto.
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