6.3.06

Barragem vai dar novo impulso agro-pecu�rio no Luso



A interven��o prev� a cria��o, entre outras obras hidr�ulicas, de uma barragem de terra com 40 metros de altura e uma rede de rega com cerca de 14 quil�metros de extens�o. Os terrenos abrangidos ser�o dotados de uma rede vi�ria com aproximadamente 20 quil�metros.

Segundo o Estudo de Impacte Ambiental (EIA), que se encontra em fase de inqu�rito p�blico, este empreendimento hidroagr�cola assume especial destaque nos aspectos econ�micos e sociais para os habitantes das povoa��es da Lameira de Santa Euf�mia, Lameira de S�o Geraldo, Lograssol, Carreira, Vacari�a e Reconco.

Com a constru��o da barragem os agricultores ter�o uma origem de �gua para rega o que ir� melhorar a efici�ncia da agricultura j� praticada. E, por essa via, trar� benef�cios directos ao seu or�amento familiar, tendo como consequ�ncia uma melhoria no n�vel de vida.

A execu��o das obras previstas tem um prazo de cerca de 26 meses. O EIA aponta para impactes de constru��o de um modo geral pouco significativos. Mesmo assim, est�o definidas ac��es minimizadoras. O licenciamento depende de autoriza��o das tutelas ministeriais, nomeadamente Ambiente e Agricultura.

A hist�ria do projecto de regadio do Luso, Vacari�a e Mealhada, como muitos outros em Portugal, tem uma hist�ria longa. Os primeiros trabalhos remontam � d�cada de 50 do s�culo passado, atrav�s de obras de beneficia��o.

O empreendimento hidroagr�cola actual foi lan�ado pela Direc��o Regional de Agricultura da Beira Litoral (DRABL) que conta com o envolvimento directo da Junta de Agricultores do Luso, Vacari�a e Mealhada, existente desde 1987.

A localiza��o da barragem teve em conta quest�es geol�gicas bem como o interesse de n�o interferir com o aqu�fero na zona que se cr� ser o das �guas do Luso.

Apesar da exist�ncia de fontes termais nas proximidades, as origens de �gua (po�os e furos) que se mant�m ao longo do ano s�o muito raras.

A candidatura da DRABL ao programa Agris para a realiza��o das obras hidr�ulicas foi aprovada no ano passado.

S�o oito milh�es de euros provenientes de fundos comunit�rios (75 por cento) e do Estado portugu�s (25 por cento).

Sector agr�rio perdeu import�ncia

O Luso � uma freguesia com tradi��o na actividade tur�stica, embora de car�cter sazonal,
baseado na actividade termal. A Vacari�a j� n�o possui actividades econ�micas significativas, com excep��o da ind�stria das �guas minerais naturais com a f�brica das �guas do Cruzeiro.

Constata-se um decrescimento constante da popula��o activa no sector prim�rio nesta regi�o onde predomina a agricultura praticada como forma de complemento do or�amento familiar nas povoa��es localizadas no interior do per�metro de rega da futura barragem.

A paisagem da v�rzea da Vacari�a � marcadamente caracterizada pelas pequenas explora��es agr�colas.

A m�dia de idades dos produtores agr�colas, das povoa��es directamente beneficiadas pelo per�metro de rega � maioritariamente superior a 40 anos. E a ocupa��o em trabalho agr�cola dos produtores � sensivelmente inferior a 50 por cento, visto a actividade agr�cola ser para estes secund�ria.

3 Comments:

At 3/06/2006 10:04:00 da tarde, Blogger Afroluso said...

Ser� bom que, nesta coisa da Barragem, se v� pensando, se para al�m da utiliza��o agr�cola, tamb�m se acrescentam componentes l�dicas e de lazer.
� que j� h� muito ouvimos falar de uns famosos passeios pedestres ambientais pelas v�rzeas agr�colas... e a famosa recupera��o dosmoinhos que ainda restam?

 
At 3/06/2006 11:58:00 da tarde, Blogger Sentinel' Alerta said...

Os "m�dia" noticiaram hoje que os produtos agr�colas tiveram aumentos superiores � infla��o m�dia anual. No caso da cebola o aumento rondou os 30%. Mesmo sem estar a cortar cebola, tamb�m as l�grimas me saltam...� decerto por ter de aturar esta cebolada de pol�ticos...
Num munic�pio onde, desde o 25 de Abril de 74, n�o foi gasto um c�ntimo na cria��o de infra-estruturas de apoio � agricultura, estou enganado?!, at� que enfim que h�... promessas.
Tenho de concluir que seria bom que os produtos agr�colas aumentassem 200% para que nos vissemos obrigados a aproveitar os nossos recursos e deix�ssemos de viver parasit�riamente do que produzem "nuestros hermanos".
Essa barragem pode ser muito importante se conjugada com outras ac��es, rede de rega, emparcelamento da propriedade, forma��o em novas culturas, etc,etc.
Por�m, outro curso de �gua do nosso munic�pio espera por id�ntico projecto. Trata-se do leito do rio C�rtima que urge ser represado a montante de Santa Cristina e que teria condi��es para promover o regadio desde l� at� Casal Comba.
Ah, se necess�rio que aumentem 500%...

 
At 3/07/2006 03:05:00 da manhã, Blogger lua-de-mel-lua-de-fel said...

Est� tudo dito...Parab�ns future-believer, este post fez jus ao seu nick e esperemos que se efective...

 

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