28.9.05

O bolo, as fatias e as migalhas

O FFF (Fundo de Financiamento das Freguesias), representa uma verba, do or�amento do estado, que � distribu�da anualmente por todas as freguesias do pa�s.
Para o conjunto das freguesias da Mealhada caber� ent�o uma verba que vamos chamar de BOLO.
Esse BOLO � repartido em fatias a distribuir pelas freguesias do seguinte modo:
- 25% do BOLO � repartido equitativamente pelas oito freguesias;
- 25% do BOLO � repartido, pelas freguesias em fun��o da sua �rea;
- 50% do BOLO � repartido, pelas freguesias em fun��o da sua popula��o.
Temos assim, que os dois primeiros quartos do BOLO, s�o fixos e n�o dependem do desenvolvimento das freguesias.
Mas a restante metade do BOLO, depende directamente da popula��o.
Ou seja: Se a popula��o de uma freguesia aumentar mais que a m�dia do concelho, essa freguesia passa a comer mais bolo. E como o bolo n�o estica, outras h� que passam a comer menos.

Agora, a nossa triste realidade:
Pela an�lise do quadro (FFF-evolu��o): De todas as freguesias do concelho, a freguesia de Luso, foi a que viu a sua fatia do bolo diminuir mais acentuadamente, entre 1991 e 2001. Quem tem revelado uma fome insaci�vel, tem sido a Pampilhosa, em detrimento de quase todas as outras. Repare-se no seu crescimento.
Mas mais grave: Todas as freguesias cresceram, excepto a nossa.
A freguesia de Luso foi a �nica, do concelho da Mealhada, que teve um crescimento negativo.
E isto j� n�o � estagna��o. Isto � um retrocesso, que requer medidas adequadas e urgentes para inverter esta tend�ncia, sob pena de se tornar irrevers�vel ou de dif�cil recupera��o.
E estas medidas devem contemplar todos os lugares e povoa��es desta freguesia, onde as gera��es vindouras, se arriscam a ficar s� com as migalhas.

15 Comments:

At 9/29/2005 10:49:00 da manhã, Blogger D'artagnan said...

Jerico

Exelente trabalho. Temos no entanto que nos debru�ar um pouco mais nas raz�es de tal retrocesso, que tem mais a ver com os custos de constru��o// custo de habita��o, e assim, mais a ver com a iniciativa privada, do que com a actividade governativa.

Sabe qual � a rela��o de pre�os por metro quadrado de terreno entre Luso/Mealhada/Pampilhosa?
Sabe tamb�m certamente, qual � a dificuldade topogr�fica de execu��o de projectos em planos de grande inclina��o?

A solu��o (principalmente do ponto de vista econ�mico) n�o � f�cil. Mesmo nada f�cil!

Pode ser que haja aqui algu�m no blog que tenha uma solu��o?... Duvido.

 
At 9/29/2005 11:52:00 da manhã, Blogger El Tonel said...

Tou com o Gutenberg!!! Vamos malta... sugest�es... sugest�es... Os nossos representantes pol�ticos est�o � espera de sugest�es.... Quem d� mais??????

 
At 9/29/2005 11:56:00 da manhã, Blogger El Tonel said...

Que tal... na vez de fazer o Aeroporto Internacional na Ota, faze-lo em Cadoi�os??? Isso ajudava a fixar gente!!!

Tamb�m podiamos contratar o Bin Laden para fazer atentados nas outras terras e dizer �s pessoas que o �nico s�tio seguro era o Luso...

Ou... que tal... encomendar uns contentores de melgas, com febre do nilo, e largar-los, subrepticiamente nas outras terras... maquiav�lico.. n�o???


LOLOLOL

 
At 9/29/2005 12:43:00 da tarde, Blogger Jorge Carvalho said...

Caro Jerico&Albardas: Est�s muito enganado e n�o sabes a mat�ria. Estou na Junta de Freguesia para te provar o contr�rio. Aparece. Ao menos coloquem os n�meros correctos segundo os dados do I.N.E. A popula��o do Luso aumentou em 1991 - 2001. Em 1991 nem sequer existia o Fundo de Financiamento das freguesias . O anonimato d� para tudo !!! Comprem o livro dos resultados definitivos dos censos 2001 e v�o ao quadro 1.01. Ou ent�o venham � Junta de Freguesia de Luso que o vosso amigo Jorge d�-lhes uma fotoc�pia. Caro Gutenberg o Jorge Carvalho quer que o Luso seja cidade porque os apoios comunit�rias atribu�dos a cidades s�o espectaculares. O que eu quero � c� os investimentos, seja cidade, seja, aldeia, seja vila. Tu nem fazes uma pequena ideia do que se poderia fazer no Luso se isto fosse uma cidade. Informa-te melhor, vem falar comigo e deixa l� os panfletos. Ju�zo eu tenho, procuro ter sempre. Olho sempre para o que temos e quero muito mais.

 
At 9/29/2005 01:03:00 da tarde, Blogger El Tonel said...

Jerico

Desta vez parece que as ferraduras tavam mal aparelhadas...

Verifica l� os dados que o Jorge te sugeriu e refaz a an�lise.

Isto das estat�ticas � assim... � como nas sondagens... LOLOL

Agora a s�rio... Vamos l� ver os dados definitivos dos censos de 2001, porque sen�o corremos o risco de andarmos aqui a escrever baboseiras...

 
At 9/29/2005 01:13:00 da tarde, Blogger Jorge Carvalho said...

MUITO BEM, mas mesmo MUITO BEM ! Grande TONEL, assim � que �. Parab�ns amigo.

 
At 9/29/2005 01:43:00 da tarde, Blogger Jerico & Albardas, Lda. said...

Caro jorge.
Os censos populacionais fui busc�-los ao site da CM Mealhada.

 
At 9/29/2005 02:04:00 da tarde, Blogger Jerico & Albardas, Lda. said...

Em rela��o ao FFF, publicado pela Lei n�42/98, de 6 de Agosto e alterado pela Lei n�94/2001, de 20 de Agosto, veio substituir o anterior regime designado de Fundo de Equilibrio Financeiro, aprovado pela Lei n� 1/87, de 6 de Janeiro.
Pelo facto do FFF, ser o actual regime, e por ser facilmente aplic�vel, uma vez, que s� depende da �rea e da popula��o, n�o � dif�cil extrapolar, pois d�-nos um excelente indicador das mexidas que tem havido nas freguesias. E esse indicador � o que vamos continuar a ter.
(N�o conseguia obter qualquer termo de compara��o, se fizesse de outro modo e o principio est� correcto)

Mas n�o vamos fugir ao assunto.
Vamos ao que interessa, Jorge.
O LUSO PAROU NO TEMPO.
Demonstra a todos que estou errado.

 
At 9/29/2005 02:55:00 da tarde, Blogger Jerico & Albardas, Lda. said...

caro carapau.
Solu��es?
� preciso saber porque raz�o as pessoas saiem. Quem sai, para onde e porqu�. Algu�m j� se preocupou em fazer esse estudo?
� preciso saber o que podemos melhorar, e se n�o est� na hora de procurar outras op��es que n�o seja apenas o turismo. (ind�stria-n�o � preciso ser no Luso; Vila dormit�rio, porque n�o?...)
� preciso dinamizar um turismo, que n�o seja apenas de Agosto.
� preciso saber o que atrai e fixa as pessoas aos locais.
Acessibilidades; � preciso aproximarmo-nos de Coimbra, Mort�gua, Penacova e Anadia.(h� que criar uma variante na Pampilhosa, que funciona como um estrangulamento entre Coimbra e o Luso; Continuar a lutar pela melhor op��o � variante do IP3).
� preciso criar espa�o para crescer. Sem espa�o, aumenta a especula��o.
� preciso melhorar a nossa imagem urbana e a nossa qualidade de anfitri�es.
� preciso recolocar o Luso no mapa.
...
el tonel.
n�o estamos a escrever baboseiras.

jorge
J�, em casos anteriores mostrei assumir, quando erro. N�o � por assumir um nick, que vou ser casmurro ou mentiroso, porque isso � burrice.

um abra�o a todos

 
At 9/29/2005 03:15:00 da tarde, Blogger Jorge Carvalho said...

Amigo JERICO&ALBARDAS : S� a Freguesia da Vacari�a, entre 1991 - 2001, � que diminiu a n�mero da popula��o em 46 habitantes, isto em todo o concelho da Mealhada e tenho informa��es seguras que j� recuperou. O site da CM MEALHADA a mim n�o me diz nada. Sabes quem inseriu l� esses dados ? Ent�o informa-te. O problema � s� este : eu n�o quero e nunca na vida os vou querer. Se fosse vereador, at� poderia ser n�o era por tachos. Era para trabalhar no duro. N�o era s� para passear e ir levantar o dinheiro ao fim do m�s. O Luso parou no tempo ? Concordo. � preciso revigor�-lo e n�o deixar que o PDM nos atrofie, mas as opini�es sobre o PDM em rela��o ao Luso s�o v�rias e confusas. A Junta de Freguesia defende a revis�o do PDM com "unhas e dentes ", principalmente no que se refere ao aumento de zonas de constru��o. O problema � que os "craques" s� olham para o Luso como um ponto em que o verde tem de dominar. � claro que nesse aspecto n�o est�s errado, mas eu tamb�m n�o e cumpro a minha miss�o. Eles v�o ter sempre de me aturar, os meninos do PDM.

 
At 9/29/2005 07:38:00 da tarde, Blogger lua-de-mel-lua-de-fel said...

N�o tenho nada a acrescentar a esta discuss�o, at� porque n�o tenho mais dados por enquanto. De qualquer forma, al�m de sublinhar e concordar com a postura do Jerico&Albardas (e com o foco em que este post incide), bem com a do ant�nio aleixo e do gutenberg, tamb�m n�o vejo a proposta de luso a cidade com bons olhos. Isto porque implica um encargo maior para os contribuintes e outras consequ�ncias que aqui j� foram, e muito bem, referidas.
De qualquer modo, mais uma vez, gostaria de voltar a afirmar que os pol�ticos s�o mais que simples gestores de dinheiro. Distribuir dinheiro n�o � dif�cil, quando o h�. O papel dos pol�ticos � pressionar e encontrar meios de press�o que possibilitem mais investimento na requalifica��o da terra e, para isso, n�o � preciso uma eleva��o a cidade. E gostei de saber que o Jorge tem feito essa press�o, ainda que seja insuficiente.De qualquer modo, apesar do PDM, de facto as coisas est�o pouco esclarecidas, j� que parece existir mais do que um peso e medida para a constru��o de im�veis no Luso.
E, senhor Jorge, gostaria, tamb�m, de ler esses n�meros: n�o d� para coloc�-los aqui?

 
At 9/30/2005 12:52:00 da tarde, Blogger Jorge Carvalho said...

Cara LUA : Tanto pagas de impostos numa cidade, como numa vila, como numa aldeia. N�o � verdade que irias pagar mais impostos por o Luso ser cidade. Quanto aos im�veis n�s defendemos a sua constru��o na periferia do Luso , exemplo: da minha casa para baixo at� ao campo. N�s quando falamos com os arquitectos e funcion�rios que tratam do PDM eles s� querem que o Luso seja um espa�o de lazer. Ent�o e os postos de trabalho para a popula��o se fixar por c� ? Voc�s n�o acham que der�amos ter aqui uma zona industrial para termos mais emprego para todos e, assi, podermos fixar aqui a popula��o e aumentar o n�mero de habitantes, se o PDM contemplar uma maior zona de constru��o para o Luso ? Esta � a minha posi��o. Outros dizem que n�o � assim, que s� devemos investir no turismo. Eu tamb�m concordo em investir no turismo, mas deve-se aliar as duas vertentes e elas s�o poss�veis no meu entender. Cara Lua : podes ir � C�mara da Mealhada que eles l� facilitam-te os n�meros que pretendes e podes consultar o PDM. Se n�o usasses pseud�nimo e pudesses falar comigo, far-te-ia um convite para me acompanhares quando s�o as sess�es do PDM. � que aquilo n�o s�o s� as constru��es, envolve muita coisa e era bom que as pessoas do Luso, para al�m dos membros da JFL e da JTLB, manifestassem a sua opini�o e pudessem fazer valer os seus pontos de vista. � que aquilo � um bico-de-obra ! Obrigado pela tua interven��o. Agora posso tamb�m dizer que n�o vou comentar os blogues de mentirosos em rela��o aos PRIS�O DE VENTRE e de CAIUS MINECUS, porque acho indigno e muito baixo. J� agora PARAB�NS a todos os bloguistas. At� nisto o LUSO � o maior do concelho. Nenhuma outra freguesia tem um espa�o destes na INTERNET aberto ao di�logo com troca de impress�es. Voc�s s�o os maiores, agrade�o-lhes muito, mas por favor, n�o provoquem ningu�m, n�o chamem nomes, �s pessoas, eu detesto isso. N�s temos o nosso nome, n�o gozem por favor.

 
At 9/30/2005 12:59:00 da tarde, Blogger Jorge Carvalho said...

Concordo contigo GUTEMBERG. Um grande abra�o tamb�m para ti.Diz l� aos amigos do x� que eu sou muito amigo do Rui Pirico e sempre que ele precisa da minha ajuda eu estou sempre dispon�vel. Mal do LUSO se n�o tivesse os caf�s para darem anima��o � nossa terra. N�o h� c� mais nada !!! O problema � das queixinhas aos "chuis". Perguntem ao ABEL JO�O e ao PULA, quem � que tem resolvido os problemas com os "chuis" e com C�mara Municipal.

 
At 9/30/2005 01:34:00 da tarde, Blogger lua-de-mel-lua-de-fel said...

Caro Jorge Carvalho,
tem raz�o quando diz que falta uma maior interven��o da parte da sociedade civil nos debates e nas reuni�es que decidem o nosso destino. Sou a primeira a admiti-lo e a ressalvar a possibilidade de ser injusta em algumas an�lises que fa�o. Vir aqui a falar � j� um passo para colmatar essa ruptura. Talvez mais informa��o e forma��o dos cidad�os permitisse uma maior participa��o, mais efectiva, da cidadania � qual n�o fazemos jus.
Quanto � ideia de uma zona industrial, confesso que, na minha opini�o n�o vejo grande necessidade ou pertin�ncia. At� porque a Mealhada vai alargar a sua para a Pedrulha. Tenho contactado com muita gente que, trabalhando em localidades pr�ximas, inclusive Coimbra, gostariam de habitar no Luso, mas a falta de imobili�rio e do pre�o elevado dos que existem leva-as a fixar-se em Pampilhosas e Mealhadas (e mesmo assim...). N�o me choca que nos tornemos numa vila-dormit�rio, desde que isso n�o implique o esquecimento das duas nossas maiores riquezas (e as duas maiores riquezas do concelho): as termas e o Bu�aco. A aposta parece, de facto, ser o turismo. Bem ou mal, � nosso �nico recurso e, com o crescimento r�pido, do termalismo e do turismo natural � uma aposta certa. Melhorar e rentabilizar o que temos, criando novas infra-estruturas de apoio tanto para o turismo como para a habita��o, parece-me o caminho.
Quanto a uma eleva��o a cidade, n�o compreendo a necessidade. Temos sedes de concelho, como sintra e cascais, que recusam o �nus de cidade. Talvez esteja a comparar o incompar�vel, mas n�o vejo mais-valias numa eleva��o a cidade e parece-me mais um adiar do que h� a fazer.

 
At 9/30/2005 07:33:00 da tarde, Blogger Jerico & Albardas, Lda. said...

caro forcado.
concordo em parte contigo.
Contudo, para haver com�rcio e servi�os (emprego), tem de haver popula��o.
Das duas tr�s:
Ou crescemos, � custa de uma melhoria substancial da vertente tur�stica;
ou temos de procurar outras solu��es.
Caso contr�rio, sem hotelaria e sem com�rcio, vamos todos embora para outras paragens.
Um abra�o.

 

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