11.10.05

DITADURA



Questiono como os ditadores conseguem e conseguiram manter a garra do seu populismo, poder corrompido pela vaidade de homens ambiciosos e sem escr�pulos.
Surpreende-me o conformismo a tal soberania, numa perfeita aus�ncia de reflex�es e interroga��es.
Presentemente a ditadura n�o incute efeitos t�o dr�sticos com na sua historicidade, alterando o seu significante para democracia e o seu significado para corrup��o.
Permanece o vassalo que manifesta a opini�o no acto eleitoral, sendo directamente respons�vel pela orienta��o da sociedade, e por a cria��o de desigualdades sociais e econ�micas, bem como sociedades correctas do ponto de vista humano.
Reflectindo concluo que o acto de voto por si s� n�o dignifica a sociedade, sendo imprescind�vel informar, denunciar, divulgar.
A atitude critica n�o t�m impacto directo e imediato, mas t�m as suas consequ�ncias, continue-mos a postar.

9 Comments:

At 10/11/2005 04:23:00 da tarde, Blogger Adelo said...

Agrade�o que respeitem a �guia que n�o tem culpa de ser usada em s�mbolos nada democr�ticos.

 
At 10/11/2005 04:41:00 da tarde, Blogger Adelo said...

Quanto a ditadores ou ditaduras,
queridos amigos(as), acho que j� tivemos o suficiente, seja nos tempos da monarquia ou nos da rep�blica.
Creio ser ineg�vel que um "chamado d�spota iluminado" como foi o Marqu�s de Pombal, teria sido certamente um bom cr�pula... mas deixou obra que ainda hoje vimos!
S� que eu, como democrata, nunca estarei de acordo com iluminados ou "salvadores da p�tria".
Tal como, numa fam�lia, acho mal que seja s� o pai ou a m�e a prover tudo para a casa e tudo gerir, quando j� existem outros membros que podem contribuir, tamb�m ao n�vel da freguesia ou do concelho e do pa�s, defendo a m�xima participa��o poss�vel dos cidad�o consoante as suas possibilidades.
ditadores never more!!!!

 
At 10/11/2005 07:08:00 da tarde, Blogger Afroluso said...

Cantaopisco e asdrubal
Desculpem a insist�ncia.
Ditadura pequena ou grande � ditadura e ponto final.
E n�s, como prova a conviv�ncia na diversidade de ideias que passam por este cantinho, somos democratas.
Escrever qualquer coisa que n�o agrade aos poderes e ter logo pol�cias ou bufos atr�s de n�s � uma experi�ncia que j� muitos passaram... e �, a meu ver, uma situa��o cuja defesa ou aval, ou tentativa de branquamento, me causam profunda repulsa.

 
At 10/11/2005 10:06:00 da tarde, Blogger Jerico & Albardas, Lda. said...

Confesso que acho o post confuso e n�o consigo vislumbrar o seu alcance.
O que entendo � que em democracia, � possivel a manifesta��o atrav�s do voto livre, bem como atrav�s da palavra (informa��o, cr�tica, den�ncia), impens�vel em ditaduras.
O que permite que sejam postos a descoberto situa��es de corrup��o e que seja feita uma constante an�lise de quem nos lidera.
O vassalo da democracia � bem diferente do da ditadura. Na democracia s� � vassalo quem quer e normalmente movido por interesses pessoais, ao contr�rio da ditadura, onde o vassalo o � por imposi��o de outros, contra a sua vontade.
Continuemos a postar.

 
At 10/12/2005 02:25:00 da tarde, Blogger El Tonel said...

Gosto muito de ver mais uma �guia ca�da....

� a lei da vida... LOLOLOL

 
At 10/14/2005 08:48:00 da tarde, Blogger lua-de-mel-lua-de-fel said...

caro sos, antes de mais, os meus parab�ns pela sua reflex�o. De facto, o voto � estado m�nimo da participa��o na coisa p�blica, n�o obstante simboliza toda a possibilidade democr�tica.
Caro asdrubal, n�o deve confundir ditaduras com pulso e carisma para reformas estruturais em sede de uma democracia. O cantaopisco tem toda a raz�o neste ponto: n�o h� ditaduras pequenas nem pequenas ditaduras. Essa ideia tanto,tal como a ideia de alguns ressabiados [posso, caro cantaopisco?] que dizem "No tempo do Salazar � que era bom" merecem-me rep�dio total. Depois de tanta moral, n�o estava � espera de uma ideia dessas, mesmo que a tenha proferido num tom provocat�rio e leviano. H� coisas que n�o devem ser dita mesmo a brincar.

 
At 10/14/2005 08:50:00 da tarde, Blogger lua-de-mel-lua-de-fel said...

Afroluso, tal a como a �guia, a cruz su�stica (ou cruz gamada) tamb�m uma origem bem mais democr�tica. � um s�mbolo budista que significa "bons ventos".

 
At 10/14/2005 10:41:00 da tarde, Blogger lua-de-mel-lua-de-fel said...

Asdrubal, confesso que ainda n�o percebi essa da necessidade da ditadura. Precisamos de l�der com pulso para reformas estruturais mas isso s� faz sentido em democracia e s� existe quando um conjunto de pessoas persegue o mesmo ideal. N�o h� - nem deve existir! - um iluminado. Caro Asdrubal, o D.Sebasti�o n�o volta!
Pensei que estava a provocar, mas estou a ver que a coisa � mais grave: o senhor acredita mesmo no que est� a dizer! O senhor que estava t�o preocupado com a moral e t�o irritado ficou quando os seus posts e coment�rios sumiram, aquando da suspens�o do blog Luso Grama-o-fone!
Nem sei o que dizer...

 
At 10/17/2005 09:54:00 da tarde, Blogger lua-de-mel-lua-de-fel said...

Caro asdrubal,
obviamente n�o tem que concordar comigo: ali�s nunca o fez e n�o deixo de respeitar as suas ideias por isso, at� porque, mesmo n�o concordando comigo, sempre se pautou pela seriedade do debate. Repito: "debate" e n�o combate de egos e competi��o � laia de "o meu � maior que o teu".
Quanto �s aspas, necess�rias quando afinal n�o queria dizer ditadura de uma forma literal, parece dar o dito por n�o dito. Saber� melhor do que eu o que pretendeu dizer; de qualquer forma, ainda que compreenda o uso da palavra "ditadura", penso que incorreu em falta. N�o acredito, obviamente!, que defenda uma instaura��o de uma ditadura, mas sublinho o cuidado que se deve ter com certas palavras e afirma��es.
Posto isto, continuo a n�o compreender como confunde um lider carism�tico e com pulso com um ditador. A diferen�a est� na democracia. Falamos de coisas diferentes. Para mim, um l�der carism�tico e com pulso, al�m de ocupar tal cargo por sufr�gio universal da comunidade que gere, nunca � um sujeito individual, mas antes um chefe de equipa, a qual deve legitimar sempre a sua ac��o pol�tica no que tradicionalmente se chama vontade geral (com todas as ressalvas que existem a esta ideia e suspendendo, para n�o cansar os poss�veis leitores, o imenso debate sobre esta quest�o na teoria pol�tica hodierna). Essa legitima��o � sempre e apenas poss�vel em contexto democr�tico. Veja que alguns ditadores chegaram � lideran�a por sufr�gio do povo, legitimando a pr�pria ditadura (na sua cabe�a, claro, porque o povo n�o votou nesse programa). Vai dizer-me que, para se ter pulso firme e levar a cabo reformas estruturais, as pessoas tamb�m se revoltam e n�o partilham os mesmos ideais (veja o caso dos m�dicos, dos magistrados, da fun��o p�blica em geral), mas a diferen�a reside no facto de se poderem manifestar e fazer respeitar a sua posi��o. Algo que n�o � poss�vel numa ditadura.
Quanto � quest�o da coa��o e da imposi��o, n�o obstante o que disse anteriormente, existe sempre um n�vel de viol�ncia. A pr�pria lei, todas as leis, se legitimam numa certa viol�ncia (e por isso h� penas e senten�as) e, por isso, s�o sempre pass�veis de se aperfei�oarem; n�o obstante a sua necessidade (de outro modo ter�amos a pura anarquia). Mas esta ser� uma outra quest�o...

 

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