7.10.05

Debate entre tit�

Na noite em que foi transmitido o debate entre candidatos para a C�mara de Lisboa, ontem, os representantes das quatro listas para a C�mara da Mealhada tamb�m deram o ar da sua gra�a num debate transmitido pela RCP (Pampilhosa).

Come�ando pelos mais pequenos...

Em representa��o do ilustre desconhecido da lista do CDS/PP (Artur Curado), V�tor Ferreira v� nesta lista o preenchimento de uma falta � direita, j� que, segundo o pr�prio, o PSD n�o tem vindo a fazer o seu trabalho, reiterando as t�o conhecidas aus�ncias de Breda Marques nas reuni�es camar�rias, quando nelas se discutiam coisas mui importantes e complicadas. A desculpa, diz ainda, que Breda Marques utiliza como pretexto para essas faltas (ou seja, o seu trabalho na Assembleia da Rep�blica) n�o o convencem, j� que poderia delegar essa fun��o camar�ria no n�mero dois ou tr�s da sua lista. Eis algumas das outras ideias:

- uma boa c�mara tem uma boa oposi��o;
- quem vai ganhar a c�mara � o PS, sendo preciso antes ter como objectivo uma diferente composi��o da mesma;
- o candidato V�tor � conhecido (resposta a uma cr�tica de Breda Marques sobre o candidato que ningu�m sabe quem �)...em Aveiro, tanto a n�vel empresarial, j� que este licenciado em Economia � um excelente empres�rio, e, sobretudo, diz, a n�vel social, tendo, ainda, um vasto curriculum no partido...em Aveiro;
- Relativamente ao IMI e � derrama, d� o exemplo de Cantanhede, onde esta n�o � cobrada, sublinhando a import�ncia do IMI na atrac��o de novos investidores;
- a C�mara devia, de alguma forma [n�o adiantou alternativas], subsidiar a recupera��o das habita��es em mau estado;
- cria��o de uma rede interna de transportes ("porque as pessoas j� n�o andam de bicicleta"...!?);
- um programa de renova��o do espa�o comercial, onde o candidato do PP podia dar uma grande ajuda, j� que trabalha com outras c�maras;
- um bom resultado � eleger um vereador;
- a campanha do CDS/PP � como o nosso povo: pobrezinha, porque os nossos habitantes tamb�m n�o t�m outdoors em casa;
- revitaliza��o urgente das termas do Luso (o �nico a falar nas termas neste debate).


O candidato pela CDU, H�lder Xabregas ?com X?, ao contr�rio de V�tor Ferreira, estava demasiado � vontade no debate. As ideias apresentadas n�o foram muitas, dando um uso excessivo ao refr�o de uma brilhante m�sica de S�rgio Godinho: "a paz, o p�o, habita��o, sa�de e educa��o", que se querem mais e melhor. Criticou Breda Marques e Carlos Cabral por se ficarem em quest�es pessoais e percentagens que as pessoas n�o compreendem, mas foi o �nico que contou as hist�rias pessoais (o c�o, o m�dico e a cunha; a sociedade comercial; o coro;...). A partir do meio do debate as coisas melhoraram. Eis aqui mais algumas ideias:

- h� pessoas que n�o foram ao jantar de apoio � sua candidatura por medo de repres�lias (unindo-se, aqui, � voz de Breda Marques);
- de quinze em quinze dias, nas reuni�es, a picardia entre Breda Marques e Carlos Cabral pautam a discuss�o;
- n�s n�o somos iluminados alguns, devemos dizer �s pessoas o que se anda a fazer e n�o falar de quest�es que n�o compreendem e que fogem ao que se est� a fazer;
- o Miguel (Breda Marques)n�o deve atender as pessoas depois das 17h, deve, antes, ir ter com as pessoas, que n�o sabem a quem se devem dirigir;
- quer ganhar as elei��es, concorre para isso (embora, no in�cio do debate tenha afirmado que n�o se candidatou, candidataram-no...);
- pensa a sua lista diferente em tudo, a come�ar pela orienta��o de assuntos a tratar num debate (por exemplo, ningu�m perguntou �s pessoas de Barcou�o que l� queriam uma zona industrial);
- � preciso ouvir mais as pessoas;
- � preciso debater as ideias, como por exemplo a quest�o da Mata do Bu�aco;
- deve dar-se a possibilidade de trabalhar na Mata a quem quer l� trabalhar.


Breda Marques, PSD, pareceu ser o mais bem preparado para o debate, n�o obstante alguma vitimiza��o. Refutou todas as cr�ticas e n�o obteve algumas respostas. Eis as suas ideias, que j� tinham surgido, h� poucos dias, num jornal local, aquando de uma entrevista:

- h� pessoas com medo de repres�lias e mesmo de uma empresa por parte da C�mara. Esta empresa ter-se-ia negado a realizar um trabalho para o PSD devido a este medo. Depois de se mostrar muito ofendido com tais cr�ticas, Carlos Cabral mudou de assunto e n�o respondeu quando Breda Marques reiterou e deu a sua palavra, assumindo-se como "um homem de palavra";
- as reuni�es da C�mara foram mudadas de segunda para quinta-feira para evitar a sua presen�a e dar azo a cr�ticas. Carlos Cabral respondeu tratar-se de uma quest�o legal e n�o ser nenhum tipo de retalia��o contra Breda Marques. Este voltou a insistir, questionando Carlos Cabral o porqu� dessa mudan�a s� aquando da sua participa��o na Assembleia da Rep�blica e n�o nos doze anos anteriores, acrescentando que ainda veio �s quintas de manh�, mas que teve de deixar de vir quando mudaram para quinta-feira � tarde, uma vez que tinha de estar presente na Assembleia da Rep�blica �s 18h para vota��es. Carlos Cabral, depois de muito ter explicado o porqu� da mudan�a para quinta, e depois desta resposta de Breda Marques, calou-se;
- n�o reconhece a candidatura do CDS/PP como as outras, devido ao desconhecimento do seu candidato;
- o PS sempre preferiu a intriga pol�tica ao debate e por isso aproveitou o seu projecto de eleva��o da Mealhada a cidade, n�o obstante antes o ter criticado, mantendo, inclusive, os erros e acrescentando � mesma candidatura a Pampilhosa e o Luso, para desviar a aten��o do que era importante; este aproveitamento das suas ideias, como pr�prias do PS, foi tamb�m patente em rela��o � candidatura da Mata do Bu�aco a Patrim�nio da UNESCO;
- desejo de baixar o IMI, gradualmente, e a derrama (j� apresentaram projecto) para atrair mais investimentos;
- o concelho est� parado;
- das obras projectadas, s� 42% foram executadas;
- aposta na educa��o, com melhores condi��es nas escolas (focou a quest�o do aquecimento, afirmando que h� escolas sem aquecimento) e cria��o de bolsas para os que, sem posses, se t�m de deslocar para estudar;
- um bom resultado seria ganhar as elei��es.


Carlos Cabral, PS, n�o teve um debate f�cil. Vicissitudes de quem est� no poder h� tantos anos. Em algumas quest�es defendeu-se mal, limitando-se a refutar cr�ticas e a dizer o que est� a ser feito. O debate aqueceu e ficou isolado quando afirmou que no dia de ontem tinha ido verificar o causador do cheiro nauseabundo que se sente na Mealhada, tomando as devias provid�ncias. H�lder Xabregas e Breda Marques ?ca�ram-lhe?, naturalmente, em cima, devido ao aproveitamento pol�tico e � inc�ria, j� que este problema n�o � de hoje. Eis, tamb�m, algumas das ideias:

- Breda Marques n�o tem um gabinete (resposta a Breda Marques, que se queixou de ter de receber pessoas e trabalhar em mesas de caf�) porque n�o h� possibilidade no edif�cio da C�mara. N�o h� para Breda Marques como n�o h� para outros; do mesmo modo que para ele tamb�m n�o houve em tempos, sem que tenha feito disso uma leitura de m�-f�;
- N�o compreende porque dizem que h� medo de repres�lias, medo que ele pr�prio nunca teve e, por isso, n�o compreende tal atitude, considerando grave esse tipos de acusa��es. Sublinhou que, vivendo em democracia, isso n�o faz qualquer sentido e que todos os trabalhos que s�o entregues a empresas v�o a concurso p�blico;
- a C�mara tamb�m tem apostado na fixa��o de investimento empresarial e, por isso, est� a criar a zona industrial da Pedrulha, de Barr� e de Barcou�o;
- o concelho da Mealhada tem-se desenvolvido imenso e vai continuar a desenvolver-se;
- o resultado pedido foi o de uma maioria absoluta, com cinco mandatos para a C�mara e as oito freguesias.


Nota negativa vai, sobretudo, para o jornalista, que ultrapassou todos os limites quando diz sobre Xabregas que este em determinada altura falou muito bem, "coisa que nem sempre acontece". Palavras para qu�?

Este foi um debate, penso, aqu�m das expectativas, n�o trazendo nada de novo (tirando o tardio conhecimento do nosso Presidente em rela��o ao cheiro nauseabundo que paira na Mealhada ami�de) ao que j� tinha sido lido nos nossos jornais locais. Nota negativa, tamb�m, para Artur Curado que, mais um vez, se furtou. Lamentavelmente, o debate acabou por se pautar por uma aus�ncia de verdadeiro debate pol�tico p�blico.


Nota: Estas foram algumas nota��es que tirei enquanto ouvia o debate. Espero que completem este post, caso me tenha esquecido de alguma coisa ou pensem estar a beneficiar algu�m.

2 Comments:

At 10/07/2005 01:39:00 da tarde, Blogger Jerico & Albardas, Lda. said...

Eu j� pensava que tinham ocorrido dois eclipses: do Sol e da Lua.
Felizmente, que tal como o solar, tamb�m o lunar, foi passageiro, regressando com grande brilho.
Parab�ns pelo post.

 
At 10/09/2005 11:34:00 da tarde, Blogger Adelo said...

Como no dia 7 n�o consegui comentar o post da Lua, acabei por fazer do coment�rio um post que est� l� um pouco acima...
A� se saudava o regresso do brilho lunar.

 

Enviar um comentário

<< Home