11.7.06

ACIM - autoequivocação ou pura mentira?

Com o terminar de mais uma feira industrial da Mealhada, foi com algum assombro que li e ouvi os comentários (supostamente) optimistas dos responsáveis pela realização (já que mais ninguém se atreveu sequer a comentar).

De facto, tal como alguém já aqui sugeriu, retirando algumas das BARRACAS que apenas lá se encontavam a fazer número, o que sobrava? Temos de concordar que pouco, ou quase nada!

A realidade é que o nosso concelho tem a sua dinâmica empresarial centrada ou em serviços que ultrapassam em propósitos promocionais as simples fronteiras do concelho (caso da hotelaria e restauração) ou em unidades produtivas cujos mercados destino não dependem do concelho da Mealhada (caso da SAL, Fucoli, Cinca, etc). Assim sendo, e dada a falta de pequenas unidades produtivas sediadas na dependência do mercado local, é natural que a feira tenha de facto sido um FIASCO, devendo-se a maioria dos visitantes, mais aos espetáculos musicais do que a qulquer interesse que a feira pudesse suscitar.

Além disso, há que somar a tudo isto, o facto de ter havido há bem pouco tempo uma feira de artesanato e «gastronomia» (o que quer que isso queira dizer). Uma duplicação saturativa à qual as pessoas não são imunes.

Sendo assim, onde reside o erro, se é que ele existe?
Será que este tipo de eventos são positivos ou não?
Será que há caminhos alternativos?

Na minha opinião, o erro reside na inadequação do objecto ao propósito, ou seja, na criação de uma feira á moda de um concelho com um tecido industrial de PMEs maduro, na vez de uma feira séria sobre aquilo que sabemos e fazemos bem (ou pelo menos tentamos): Uma grande feira de Gastronomia, Vinhos e Turismo - Substituindo a mediocre feira de artesanato e o fiasco que esta última feira constituiu.
O facto positivo da feira, foi a animação (nomeadamente com artistas de prefil nacional) que podem e devem ser contratados. Tal como noutros sítios, está visto que os festivais musicais, são uma mais-valia promocional para os locais onde se implementam.
Os caminhos alternativos, decorrem do raciocínio directo sobre a nálise anterior: VAMOS APOSTAR NO QUE SABEMOS FAZER BEM!

Para quê tentar vender ferragens e pedras, se o que realmente nos destingue enquanto concelho é a venda de serviços?

Touché....

3 Comments:

At 7/11/2006 03:42:00 da tarde, Blogger Acácio Simões said...

ó Gato...não te preocupes que alguèm ganha com as feiras...para isso é que elas são feitas e não para promover o que quer que seja.

 
At 7/11/2006 07:20:00 da tarde, Blogger El Tonel said...

Pró ano prometo que ponho lá um stander do meu quiosque... essa ganda actibidade típica da ganda abanida do Luso....lololol


Bai ser um sussexo sem preçadentes... hic

 
At 7/13/2006 12:01:00 da manhã, Blogger Sentinel' Alerta said...

No passado fim de semana fui visitar uma iniciativa do género numa pequena freguesia do concelho de Cantanhede, Vilamar, que tem pouco mais de 1500 habitantes. Era uma "Mostra de Ourivesaria, Gastronomia e Artesanato" daquela freguesia.
Gostei francamente ainda que fosse uma iniciativa simples e sem grandes encargos.
Notava-se o envolvimento da generalidade da população para houvesse "brilho".
Deixo apenas este registo.

 

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