Rendas!
Os S.S.A.L. (Serviços Secretos do Amo-te Luso) escutaram numa das suas milhentas escutas telefónicas a seguinte conversa que, ao que parece, poderá ter ocorrido numa qualquer das nossas cidades, num qualquer bairro típico!
E - "... pois é Maria Albertina, vê lá tu pro que eu estava guardada!
MA - "Realmente, Efigénia, tens toda a razão! Mas o gajo não faz mesmo as obras?!"
E- "Nada! Paga uma pessoa um dinheirão pela renda do apartamento! Vê lá que a renda já vai em 27 Euros! Quem é que se aguenta assim?!"
MA- "É! Tem subido que é uma coisa parva nos últimos tempos! Ainda há uns anitos pagavas 1500 paus!"
E- "Uma falta de respeito, é o que é! Qualquer dia a casa cai só porque o senhorio, que se enche de pasta às nossas custas, não quer fazer a porcaria das obras! Nem é muito! É só o telhado, as paredes, o chão e pouco mais! Quaisquer 10000 contos e o apartamento ficava como novo!"
MA - "Incrível, deixa-me cá fazer contas! Vives lá mais o teu homem e os filhos vai pra uns quarenta anos! Pagaste para aí uma média de 3 contos mês durante estes anos todos! 12x3=36, 40 anos vezes 36 contos = 1440 contos!!! Ai o gajo! Já lhe deste este dinheirão todo a ganhar e ele não quer gastar uns míseros 10000 contos para as obras que são necessárias!"
E- "Pois é! Que culpa tenho eu que o homem ainda tenha que fazer descontos no dinheiro que lhe dou todos os meses?!"
MA - "Nenhuma! Isso são leis e as leis são para cumprir!"
P.S. -Às vezes, parece que no nosso país funciona tudo ao contrário!
4 Comments:
Tem razão mas o contrário também existe. Isto é, casas sem condições a serem sobrevalorizadas. Aliás este caso é ainda mais frequente do que aquele que enuncia. No Luso a renda de casa para habitação está ao mesmo preço de centros urbanos e mais cara do que em localidades semelhantes. Para não falarmos do que se passa com a chulice a que assistimos em Coimbra, sobretudo a estudantes, que pagam muito por poucas condições.
Descobriu-se, com uma análise recente, que o preço do imobiliário está muito inflacionado em Portugal, algo que não é novidade para nós, que não conhecemos empreiteiros pobres.
Mas, voltando ao seu post, há rendas e rendas, ou seja, há casos e casos e não devemos generalizar. Preocupante, parece-me, por uma questão de justiça social, é o que se passa com algumas famílias do Bairro Melo Pimenta. Mas isto dá pana pra mangas...
Ainda este fim de semana passei naquelas bandas e verifiquei que existem carros maiores que as casa......dá para rir.....será que pagaram a pronto ou pagam prestação? Será que um carro novo não é um sinal de uma melhoria qualitativa de vida? Ou primeiro está o carro e depois a habitação?
À coisas que me fazem confusão....
Expliquem-me como se eu fosse muito burra?
Não tenho nada a dizer contra o post... mas da próxima vez que construir uma extensão no meu quiosque vou exigir que seja a CMM a pagar... TOMA!
DEpende das condições, Pilão.
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