28.12.05

Calendário Gregoriano

Em 1 de Janeiro inicia-se um novo ano, para os países ocidentais. Mas nem sempre foi assim e não existe um calendário único para todos os povos do mundo.
Porque um pouco de cultura não faz mal a ninguém, aqui vai um brevíssimo resumo da história do nosso calendário:
Cerca de 738 A.C., Rómulo, primeiro rei de Roma, terá desenvolvido um calendário, com base no calendário lunar grego, que por sua vez se baseava no calendário babilonio. Um ano tinha 10 meses de 30 ou 31 dias, perfazendo somente 304 dias, faltando 60,24 dias para um ano solar completo que tem aproximadamente 364,2422 dias. Um ciclo lunar tem cerca de 29,5 dias.
Os primeiros quatro meses eram: Martius, Aprilis, Maius e Junius, em homenagem a deuses, sendo os restantes seis designados por numerais: Quintilis, Sextilis, September, October, November e December.
Numa Pompilium, rei de Roma, acrescenta dois meses para o ajustar melhor ao ciclo solar. Cria Januarius (deriva do Deus Jano), a colocar antes de Martius, passando a ser o primeiro mês do ano; e Februarius (deus Februo -deus dos mortos ou da purificação) a colocar no fim do calendário. Por considerar os números pares fatídicos altera os meses com 30 dias para 29 dias. Um ano passa a ter 354 dias, sendo ajustado ao ciclo solar com a colocação do mês Mercedonius, entre 23 e 24 de Fevereiro, e de 2 em dois anos, nem sempre bem aplicado e que gerava confusão.
Assim, em 46 A.C., no tempo de Júlio César cria-se o calendário Juliano, que perdurará quase 1600 anos, com pequenas alterações.
Elimina-se o mês Mercedonius; Os meses de 29 dias voltam a ter 30 dias e Fevereiro, entretanto colocado antes de Março, alterna entre 29 ou 30 dias (anos bissextos), perfazendo 365/366 dias por ano.
Em homenagem a Júlio César, altera-se o nome do mês de Quintilis para Julius e posteriormente altera-se Sextilis para Augustus, em homenagem a Augustus César, que passa também a ter 31 dias, sendo subtraido um dia a Fevereiro.
A aplicação dos anos bissextos, nem sempre foi feita adequadamente, pelo que em 1582, o Papa Gregório XIII ajusta e reformula o calendário Juliano, passando a vigorar o calendário gregoriano, que é o que temos actualmente e que embora não adoptado por todos os povos é reconhecido internacionalmente.
Portugal incluiu-se no pequeno grupo de países que imediatamente aderiu a este calendário.
Além de calendários solares, (ex: calendário gregoriano) existem calendários tipicamente lunares (ex: calendário islâmico) e luni-solares (ex: calendário israelita), entre outros. As nações unidas criaram e propuseram a adopção do calendário universal mas até agora sem sucesso.
Regras do calendário gregoriano:
Ano comum: 365 dias; Ano bissexto: 366 dias.
São anos bissextos todos os anos divisíveis por 4 mas que não sejam divisíveis por 100; Excepto se for divisível por 400, caso em que será bissexto.
Ou seja 1700, 1800, 1900 não foram bissextos, mas 2000 já foi. O próximo ano bissexto será 2008.
Com estas regras, o calendário gregoriano irá ter um desfasamento de apenas 1 dia, em cerca de 3200 anos, relativamente ao ciclo solar. Se a este nível é quase perfeito continuam por resolver ou reduzir as discrepâncias entre as semanas e os meses e a variação dos dias de cada mês. Também os nomes dos meses continuam desajustados do seu significado primário.
Sugiro uma visita ao site: www.mat.uc.pt/~helios/Mestre/H01orige.htm

1 Comments:

At 12/29/2005 11:48:00 da manhã, Blogger Jerico & Albardas, Lda. said...

� verdade asdrubal.
Por mais que o Homem queira, quem imp�e as regras ser� sempre a Natureza.

 

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