22.5.06

Para Al�m do Olhar


LAN�AMENTO DO LIVRO �PARA AL�M DO OLHAR�
No pr�ximo dia 28 de Maio, pelas 17h30m, decorrer� o lan�amento do livro de contos �Para Al�m do Olhar�, da autoria de Am�rico Azevedo.

Inclu�do no programa da IV SEMANA CULTURAL DE LUSO - BU�ACO, cuja organiza��o est� a cargo do Grupo Folcl�rico �AS TRICANAS� da Vila de Luso, o lan�amento do livro, ter� lugar na Alameda do Casino - Luso, numa altura em que estar� a decorrer a IV FEIRA DE ARTES TRADICIONAIS.

O autor:
Nasci a 1 de Julho de 1963 e, alguns meses volvidos, diagnosticaram-me uma catarata cong�nita com m�opia nos dois olhos e a paralisia cerebral, uma defici�ncia causada por falta de oxig�nio no c�rebro e que, no meu caso, provocou-me descoordena��o nos movimentos, sem autonomia na marcha e com reduzida autonomia para o desempenho das v�rias actividades da vida di�ria.

Em crian�a buscava muito a solid�o e era frequente encontrarem-me a rabiscar nos outrora famosos cartuchos vazios de a��car.

Estava sempre � espera de um l�pis e de um peda�o de papel abandonado, numa primeira fase para desenhar caretas, casitas e �rvores. Depois de aprender a ler, fui construindo pequenas frases. Achava engra�ado brincar com as letras e formar palavras. Era um dos meus jogos preferidos.

Na escola prim�ria as minhas professoras apreciavam muito as minhas composi��es e chegaram at� a reunir num caderno as melhores redac��es.
Muitos dos meus �escritos� eram lidos em voz alta e eu contemplava, entusiasmado, a turma que escutava em sil�ncio.

Aos 16 anos, um descolamento da retina levou-me � cegueira total. Foi um per�odo turbulento. Questionei-me muitas vezes acerca do futuro. Estava impedido de fazer as duas coisas que mais me fascinavam: ler e escrever. Assim, a vida n�o fazia sentido.

Mas eis que uma professora ao visitar-me trouxe-me uma nova luz. Se eu quisesse regressar ao liceu gravavam-me os manuais em cassetes. E tamb�m os livros que eu julgara n�o mais poder ler! E logo deduzi que, em vez de escrever, tamb�m eu podia gravar os meus contos e poemas.

Entretanto, aprendi Braille e, mais tarde, frequentei um curso de inform�tica, e mais os meus horizontes se alargavam.

Sorri para mim pr�prio. Afinal, se eu quisesse aceitar a diferen�a n�o deixaria de ser eu mesmo. Se perdesse medos e preconceitos, se reacreditasse em mim, ganharia novas asas e voaria at� ao cora��o dos meus leitores.

Foi assim que nasceu �Centelha de Vida�, um 1� livro de contos, j� esgotado.

Entretanto, a Edi��es Tartaruga acaba de publicar o meu 2� livro de contos �Para Al�m do Olhar.�
Am�rico Lisboa Azevedo

Caros amigos,
Am�rico Azevedo � uma for�a em marcha, for�a essa que n�o temos o direito de afrouxar, antes pelo contr�rio, temos a obriga��o de o ajudar neste grande desafio

Aqui fica o convite. Esteja presente na Alameda do Casino, em Luso, no pr�ximo dia 28 de Maio, pelas 17h30m.

Inteiramente gratos,
Alcides Rego

2 Comments:

At 5/22/2006 09:28:00 da tarde, Blogger Urtigão said...

Uma grande li��o de vida. Uma grande for�a interior. � de exemplos assim que necessitamos. Um grande bem haja para ele.

 
At 5/22/2006 10:54:00 da tarde, Blogger Sentinel' Alerta said...

A cegueira n�o est� em quem n�o v� mas sim em quem n�o quer ver...
Um abra�o solid�rio

 

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