�O povo � quem mais ordena, dentro de ti � cidade...Em cada rosto a igualdade� (Zeca Afonso)
Esta � a madrugada que eu esperava
O dia inicial inteiro e limpo
Onde emergimos da noite e do sil�ncio
E livres habitamos a subst�ncia do tempo
Sophia de Mello Breyner Andresen (25 de Abril)
N�o importa sol ou sombra
camarotes ou barreiras
toureamos ombro a ombro
as feras.
Ningu�m nos leva ao engano
toureamos mano a mano
s� nos podem causar dano espera.
Entram guizos chocas e capotes
e mantilhas pretas
entram espadas chifres e derrotes
e alguns poetas
entram bravos cravos e dichotes
porque tudo o mais s�o tretas.
E diz o inteligente
que acabaram as can��es.
Ary dos Santos (Tourada)
esperar tantos anos torna tudo mais urgente
e a sede de uma espera s� se estanca na torrente
Vivemos tantos anos a falar pela calada
s� se pode querer tudo quando n�o se teve nada
s� se quer a vida cheia quem teve a vida parada
S� h� liberdade a s�rio quando houver
a paz o p�o
habita��o
sa�de educa��o
liberdade de mudar e decidir
quando pertencer ao povo o que o povo produzir
For num desv�o de Abril apunhalado
Onde a vida reclama a plenitude
� que o poeta � febre � raiva � dardo.
� canto arterial � um centauro
Com uma flecha de m�sica no flanco,
� toda a luz na boca e a liberdade
� o mais certeiro tiro do seu canto.
Enquanto lira for de luz cantada
O poeta sem repouso no combate,
A cor nos cravos que a escurid�o abate.
Nat�lia Correia (O sol das noites e o luar dos dias II)
Pergunto � gente que passa
por que vai de olhos no ch�o.
Sil�ncio - � tudo o que tem
quem vive na servid�o.
...
Mas h� sempre uma candeia
dentro da pr�pria desgra�a
h� sempre algu�m que semeia
can��es no vento que passa.
Mesmo na noite mais triste
em tempo de servid�o
h� sempre algu�m que resiste
h� sempre algu�m que diz n�o.
Manuel Alegre (Trova do vento que passa)
4 Comments:
A minha v�nia...
Faz-me bem � alma lembrar Abril, o do povo, neste tempo em que h� muito deixou de ordenar e os rostos passaram a ter valores diferentes.
Abaixo a burguesia, a antiga e a nova!
Viva Abril!
25 de Abril sempre!
Quis saber quem sou
O que fa�o aqui
Quem me abandonou
De quem me esqueci
Perguntei por mim
Quis saber de n�s
Mas o mar
N�o me traz
Tua voz.
Em sil�ncio, amor
Em tristeza e fim
Eu te sinto, em flor
Eu te sofro, em mim
Eu te lembro, assim
Partir � morrer
Como amar
� ganhar
E perder
Tu vieste em flor
Eu te desfolhei
Tu te deste em amor
Eu nada te dei
Em teu corpo, amor
Eu adormeci
Morri nele
E ao morrer
Renasci
E depois do amor
E depois de n�s
O dizer adeus
O ficarmos s�s
Teu lugar a mais
Tua aus�ncia em mim
Tua paz
Que perdi
Minha dor que aprendi
De novo vieste em flor
Te desfolhei...
E depois do amor
E depois de n�s
O adeus
O ficarmos s�s
�VIVA ABRIL!�
Pil�o, estamos c� n�s para os lembrar.
Que sejamos n�s os porta-estandarte da liberade e da democracia e dos demais valores conquistados. A senha est� dada. O resto depende de n�
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