21.10.05

A Maldi��o do Escorpi�o de Jade (II)


Foi com grande satisfa��o e orgulho, que estacionei minha casaleira, hoje � porta do Salta! Tirei o penico com asas de cabedal da cabe�a, ajeitei as cal�as, que entretanto j� deixavam ver o rego e o belo peneuzito e enfiei debaixo da capa a minha preciosa carga ? Uma caixa embrulhada em papel pardo a dizer:�Made in China ? Rotterdam�. Entrei dentro do caf� e .... �� Tonel... fazes o favor de deixares a capa l� fora! T�s a molhar o caf� todo!... Depois dizes que h� patinagem art�stica!... V�...V�... vai por isso l� fora na esplanada... v� ... v�... � dizia a dona do caf�, enquanto corria atr�s de mim com a esfregona na m�o. �Benditas esfregonas... como � que conseguem resistir a tanto uso?... N�o s�o made in china de certeza...� pensei eu. Pousei o t�o incomodativo adere�o, no locar indicado e voltei para dentro. �Pessoal!!!... chegou finalmente a encomendo do Assam� disse eu. �Mostra l�!� disse o Hor�cio. �Isso n�o veio das Caldas, pois n�o?!� pergunto o Sereno. �O que �?...O que �?... O que �?� perguntava o Cabana como um puto na manh� do dia de Natal. �N�o me digas que isso tem alguma coisa a ver com a nossa conversa nas Tisanas?� perguntou o Naldo, que por acaso tinha vindo tamb�m tomar a sua arrancadeira. �Na Mouche!... � a minha encomenda!�. Abri vagarosamente a encomenda (para aumentar mais um bocadito o stress da malta) e o pessoal foi-se juntando � minha volta, como os Reis Magos na adora��o do Menino. Enquanto isso, o Cabana, o mais baixote e leve do grupo, dava saltitos atr�s da gente, entanto espreitar pelos espa�os entre n�s �Deixem-me ver!.... Tamb�m quero ver!... O que �?...O que �?... O que �?� dizia ele aos saltitos e esticando o pesco�o e os p�s o mais que podia. �Ohhhhhhhh!� Disseram todos com admira��o enquanto o Cabana continuava a dizer � O que �?...O que �?... O que �?�. �Escorpi�es de Jade????� perguntou o Naldo. �N�o... de pl�stico... mas o Assam garantiu-me que funcionam... querem ver??� perguntei eu. �Claro! Bota ferro nisso!� disseram todos. �� Cabana, chega aqui!� disse eu enquanto abanava o amuleto como um p�ndulo. �Isso n�o resulta em mim... tu t�s � malucooozozozzzzzzzzz!� disse o Cabana enquanto arregalava os olhos e come�ava a dormir. �Cabana, a partir de agora, vais passar a ser um gajo inteligente e culto, com esp�rito de equipa, voluntarioso e charmoso!� disse eu. �Sim mestre!� respondeu o Cabana. �Agora vais acordar, e at� eu estalar os dedos, vais-te comportar de acordo com o que te disse!� conclu� eu retirando o amuleto da frente dos olhos do Cabana. �Eu bem te disse, que uma mente superior, nunca se deixaria hipnotizar!� disse o Cabana ao acordar do transe, mas num tom diferente como se por uma vez na vida, dois neur�nios tivessem entrado em contacto. Nisto entra aquilo que se pode considerar um �monumento� no caf�. Ao contr�rio o habitual grito ��s t�o boa!�, o Cabana, limitou-se a fazer um olhar de boas vindas. Um �ol�!� sincero e amistoso, que n�o passou desapercebido � mo�a, e que na vez de se ir sentar na parte mais distante do caf�, se sentou no lugar imediactamente ao lado do Cabana. �Isto resulta mesmo!!!!!� dissemos todos com um ar triunfal.�Se o Cabana foi capaz de dominar a rebarba, j� nem preciso de ver um porco a andar de bicicleta, para acreditar na efic�cia disso� disse o Hor�cio. �Pronto pessoal, toca a distribuir isto e a hipnotizar os mais recalcados, individualistas e tacanhos! ... � desta que isto vai pr� frente e pomos toda a gente a trabalhar no mesmo objectivo!� conclu� eu.

1 Comments:

At 10/23/2005 11:20:00 da tarde, Blogger Jerico & Albardas, Lda. said...

Arranja-me uma d�zia, para ver se hipnotizo alguns clientes.
Se n�o os transformar em bons pagadores, pelo menos espero que deixem de ferrar como o escorpi�o de Jade. At� d�

 

Enviar um comentário

<< Home