Ruiram dois prédios em Coimbra
Ontem, cerca das 16.00 horas ruiram dois prédios de 5 andares, na baixa de Coimbra.
Não houve vítimas mortais e registou-se apenas um ferido, com uma fractura de uma perna.
No rés-do-chão laboravam dois pequenos espaços comerciais, estando os restantes andares devolutos.
Depois de vários alertas dos moradores e comerciantes locais e de uma ameaça de derrocada, nesta Terça-feira, foram evacuadas as lojas e criado um perímetro de segurança na via pública.
Na Quarta-feira, dois dias antes da derrocada, tudo regressou à normalidade depois de uma operação de escoramento dos edifícios, comandada por uma equipa da Protecção Civil e da Divisão de Reabilitação de Edifícios da Câmara Municipal de Coimbra, os quais garantiram que a estrutura do edifício não estava em causa. Afinal estava em causa. Não só a estrutura do edifício, mas também as próprias estruturas da Protecção Civil e da Câmara Municipal de Coimbra. Só não sabemos se este abalo na estrutura destas entidades vai causar vítimas. Normalmente não causa.
Este episódio e este post servem acima de tudo para alertar as nossas entidades, que há muito a fazer no nosso concelho na área da prevenção destes fenómenos, nomeadamente ao nível do levantamento e identificação dos edifícios devolutos e de outros que envolvam riscos para a segurança pública, bem como na definição dos procedimentos e mecanisnos a accionar para evitar estas situações, que podem resultar em tragédias. No Luso, por enquanto "apenas" vão caindo muros.
3 Comments:
Não sendo eu entendido na matéria e portanto, agradecendo desde já a quem me possa dar informações mais fundamentadas, sou de opinião que a maioria das situações de prédios degradados que assim se mantêm por longo tempo acontece por interesses especulativos, aguardando oportunidades de negócio. Se outro valor não tiverem pelo menos os espaços que ocupam são uma forma de investimento, geralmente com rentabilidade assegurada.
Ora isso seria legítimo se não estivessem a beneficiar de investimentos públicos, de todos nós, como é o caso das redes de saneamento , de água, de electricidade, de telefone, de gaz, etc, e da própria rede viária, ali instaladas para beneficiar aquele local.
Ora como desincentivar esta forma de investimento, com prejuízo público?
Na minha opinião uma das formas de o conseguir seria o oneramento dessas situações através do IMI. O coeficiente a utilizar deveria ser no mínimo duplo do que é utilizado para os prédios ocupados e conservados da mesma zona. E,pelo que sei, tal não acontece. Será que esteja enganado? Quem me poderá esclarecer?...
PERCEBEM TANTO DE ESTRUTURAS DE EDIFÍCIOS COMO EU PERCEBO DE LAGARES DE AZEITE!
Caro jerico, acha que alguém faz este tipo de planeamento em Portugal e, por consequência, no Luso?
Veja a barreira da quinta do Alberto, no Luso, como exemplo. Há anos que aquilo está para cair.
Veja a nossa capital: Lx a qualquer momento será presenteada com mais um terramoto, os peritos têm feito uma enorme pressão para que se previna consequências catasfróficas (não só para Lx, mas para todo o país) e nada tem sido feito.
Veja os prédios devolutos no centro do Porto, na iminência de ruirem.
Trascendendo um pouco, veja a qualidade da maioria das habitações em Portugal, as frágeis estruturas (devido, sobretudo, à ganância dos empreiteiros, que substituem, não raras vezes, os materias estruturais do projecto por outros mais baratos e de menor qualidade), mal isoladas tanto ao nível do som como do clima, ...
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