ESTE MUNDO � MESMO C�O !
Dizia NIETZSCHE que somente aquele que constr�i o futuro tem direito a julgar o passado.
Como vejo pouca gente a construir o futuro e, infelizmente, vejo muita gente a julgar o passado, ocorreu-me neste momento de tristeza, escrever sobre um mundo de c�es gra�dos e rafeiros, de fila e guarda, de �gua e ca�a, de saque e rapina. Critica-se por criticar, critica-se, apenas, para incomodar as pessoas que andam nesta vida com humildade e que n�o t�m culpa de n�o agradar a gregos e a troianos e, por vezes, at� s�o criticados por vestirem de preto, ou de cinzento, de terem uma cara triste devido, somente, �s agruras da vida. � o mundo c�o em que vivemos e � por isso que estou hoje a enviar este "post" como quem conta uma hist�ria ou f�bula, n�o para encantar e adormecer, mas antes para acordar e amanhecer. Vamos l� !
Era uma vez... Esta � a forma tradicional, usada para enfatizar a separa��o entre o passado e o presente, para dizer que antigamente aconteciam coisas mirabolantes que j� n�o logram figurar no panorama da actualidade. S� que a minha confabula��o tem os p�s assentes nos tempos que correm. � mem�ria viva do ontem sobreponho a consci�ncia aguda do hoje. Falo de uma terra onde o trato dado aos c�es supera o que � dado �s pessoas. Tudo faz crer que n�o falta muito para ver os direitos humanos substitu�dos pela consagra��o dos insaci�veis instintos caninos.
N�o quero e n�o pretendo acicatar os �nimos daqueles que me atacam como c�es raivosos, nem quero agudizar o apetite daqueles que me defendem com unhas e dentes. S� quero lembrar a todos que n�o quero viver num mundo c�o e ser apenas o que sou : o Jorge Carvalho.
Quero percorrer o meu caminho, continuar a luta pela sobreviv�ncia, caminhar na rua, num local apraz�vel e poder estar ciente de que um c�o n�o se atravessar� no meu caminho.
Os c�es grandes est�o na m� de cima. At� a democracia foi uniformizada e padronizada pelos seus gostos e apetites. Aos humanos, que n�o conseguem encaixar-se no figurino e na quadratura do c�rculo impostos pelos mastins, s� lhes resta serem comidos ou coisa afim, mesmo dita de outra maneira. Neste mundo c�o ser grande, ladrar muito � fant�stico e compensador. Mau � ser gente, ser humilde, ter de fazer descontos, suportar a crise, suar as estopinhas a fazer contas dif�ceis e apertadas, levar uma vidinha incerta e angustiante. Os c�es grandes pavoneiam-se pelo reino do populismo e da futilidade e ditam receitas e senten�as para aqueles que humildemente os ouvem e elegem com venera��o. Ladram... Ladram... Ladram..
Onde fica esta terra de c�es ? Eu n�o quero pertencer a uma terra de c�es e n�o gostava de pertencer ao canzoal, porque os c�es que ladram, ladram, ladram, n�o sabem praticar o bem salutar e humano de uma palavra chamada conviv�ncia.
Virg�nia Woolf, c�lebre escritora brit�nica escreveu o seguinte : �� muito mais f�cil matar um fantasma que uma realidade �.
Dedico este "post" a todos os meus GRANDES AMIGOS deste blog. Agrade�o a quem � meu Amigo para n�o me defender com as tais "unhas e dentes ". Compreendo a vossa amizade.AT� SEMPRE ! JORGE CARVALHO
posted by Jorge Carvalho @ 11/21/2005 06:14:00 da tarde
23 comments
23 Comments:
Encaro este post como um desabafo, sentido e sincero, que me obrigou a rel�-lo algumas vezes.
Em rela��o � constru��o do futuro, ele faz-se com o trabalho de todos independentemente da fun��o que exer�am.
Em rela��o aos c�es raivosos, concordo com o asdrubal.
Em rela��o � separa��o entre a esfera politica e a esfera privada, deve de facto haver a capacidade de encaixe e discernimento entre ambas as situa��es.
E se o Jorge nem sempre tem conseguido fazer essa separa��o, tamb�m importa referir, que j� houve quem fizesse coment�rios que tamb�m n�o o conseguiu fazer. E isso tamb�m lamento.
Pois � Aleixo : Essa tropa de elite faz parte da minha vida e trouxe-me, em jovem, muito sofrimento. A mim, aos meus pais, em suma � minha fam�lia. Sofremos muito, mas aceit�mos o quere, a vontade, o servir a P�tria de um Comando dos mais medalhados do pa�s. Esse homem ainda vive e conta fa�anhas extraordin�rias : chama-se Major Jo�o Humberto de Campos Carvalho.
Meu Caro Amigo Asdrubal : Tamb�m n�o concordo com alguns postais e coment�rios que tens feito no blog. Mas respeito-os, porque � a tua opini�o, embora, muitas vezes, n�o tenham o meu acordo. A tua opini�o � que n�o tem havido ataque de c�es raivosos ? � apenas a tua opini�o e n�o tenho medo da destrui��o e da descaracteriza��o da minha vida pessoal, porque eu sou apenas o que sou e mais n�o quero ser. � por isso que n�o tenho e nunca terei medo e muito menos terei medo de fantasmas porque eles n�o existem na minha vida. Boa ou m�, com sorte ou sem sorte � a minha vida. E nesta vida, seja ela de c�o ou n�o seja, terei de suportar sempre as adversidades e as alegrias, mas n�o tenho uma vis�o manique�sta da VIDA.
Sempre a considerar-te !
Caro Amigo Jerico & Albardas : Porque dizes que eu n�o tenho conseguido fazer a separa��o entre a vida pol�tica e a vida privada e porque te referes � capacidade de encaixe e discernimento entre tais situa��es, eu s� quero lembrar-te, Querido Amigo,que irei sempre obtestar aquilo que com ferocidade, por vezes, � escrito no blog por alguns dos seus intervenientes e pelos comunicados malignantes que andam espalhados pelas ruas.
Afinal sou eu que n�o sei separar as �guas, ou ser�o outros que para lograrem o �xito nos seus intentos perversos n�o olham a meios e recorrem sempre aos mesmos processos ?
Serei eu um cisqueiro dessas pessoas ? N�o sou, concerteza, porque abomino tais procedimentos porque eles s�o altamente desprovidos .
Este meu post nunca ser� um desabafo, mas sim o constatar de situa��es bem reais.
Recebe um grande abra�o deste teu Amigo que te estima e que te admira pela tua postura e frontalidade neste blog.
PS - Quando estava a escrever este post apareceu-me um Amigo deste blog que me ajudou a coloc�-lo e reparou na minha escrita. A mesma � real, feita s� por mim. Ele riu-se muito de eu n�o saber utilizar nick names e como foi ele que me ajudou a participar com o meu pr�prio nome, quero felicit�-lo e agradecer-lhe. Aproveito para lhe voltar a dizer que n�o vou entrar aqui, nunca, com um pseud�nimo, mesmo que ele se proponha ajudar-me a faz�-lo. N�o � verdade Querido Amigo ?
Um grande e forte abra�o para todos v�s. JORGE CARVALHO
Meu Caro Amigo XIBA LOUCA : � completamente imposs�vel os meus Amigos estarem sempre de acordo comigo. Por�m, est�o sempre de acordo quando lhes falo olhos nos olhos, sem receios nem rancores, com o respeito que todos me merecem, ou n�o ser� assim ? O meu melhor Amigo, a pessoa que eu mais amei, raramente estava de acordo comigo !!! Este mundo � mesmo c�o.
Pois � XIBA LOUCA, mas n�o foi o nosso Ant�nio Aleixo que, comentou um dia sobre um GRANDE ARTISTA ? E procurou saber a verdade, ou sabe a verdade daquilo que comentou ? E eu tamb�m tenho de estar de acordo com os seus coment�rios mordazes, mas que para mim s�o in�cuos pois n�o afectar�o nunca a gnose que tenho da vida ?
Sobre os referidos cremat�rios deves compreender que aqui no Luso as pessoas n�o v�o aceitar isso de �nimo leve e o que tenho a dizer sobre isso � que grandes cidades ( Coimbra por exemplo )ainda n�o conseguiram ter cremat�rios, talvez devido ao disp�ndio de tal estrutura. Poderemos debater este assunto quando muito bem entenderes na JFL ou na AFL.
Sobre a Barragem Agr�cola a seu tempo te revelarei o meu pensamento, mas podes ter a certeza que eu tenho muitas d�vidas sobre a sua viabilidade. �, apenas, o que eu penso, nada mais. A seu tempo te informarei sobre esta situa��o. Olha a Pateira de Fermentelos !?!?!?!?!?!?O afluxo de �gua � t�o preciso l� ?!?!?!?!?! Enigma ! Enigma ! Descobre... Descobre...
�ndios e Carmelitas ?!? L� iremos, l� iremos...
Est�o a ver meus Amigos?: Aparece um XAMUSSAS a dizer bla, bla, bla, bla, e ainda diz se eu o entendo!!!!
De bla, bla, bla n�o entendo nada !!!!
� para todos os meus Amigos verem...
Jorge compreendo a sua posi��o e concordo em pleno com o Xiba Louca. (olha que a idade � um posto!)
Um abra�o de um amigo que �s vezes discorda de ti!
Caro Gatito : A idade para mim n�o � um posto, mas apenas a experi�ncia da vida sem posto. H� jovens que s�o velhos e velhos que s�o jovens. � por isso que nas pr�ximas elei��es eu terei muito orgulho em votar num velho-jovem, "partidarites" � parte, "fanatismos" � parte.
TASKA-FORCE : Em verdade, em verdade te digo que h� muita coisa a impedir a concretiza��o da c�lebre barragem. Procura e descobre... Descobre... Descobre...
Querido Amigo : Conta comigo brevemente para te fazer ver a realidade. Espera para ver...
Sabes porque � que nunca se resolve o problema da Ria de Aveiro, da Pateira de Fermentelos e da... MATA DO BU�ACO ? Descobre... Descobre...
S� um son�mbulo como um XAMUSSAS � que pode dizer que eu nunca fiz nada pela minha terra e que sou comandado pela Mealhada.
Amigo Xamussas : da Mealhada aquilo que mais adoro � a estrada que me leva ao Luso.
Asdrubal e Jerico : Como � ? Tenho ou n�o raz�o ?
Asdrubal : Tenho fam�lia na Mealhada e gosto de coisas que h� na Mealhada. � verdade. N�o quero com isto dizer que de entre todas as coisas que gosto da Mealhada, a mais importante � a estrada que me leva ao Luso. � muito, mas mesmo muito diferente. N�o vejas maldade no que afirmo. Eu estudei em Coimbra e trabalhei muitos anos nesta bela cidade. Mas tinha sempre umas saudades imensas do Luso, porque, na verdade s� aqui me sinto bem. Faz parte da minha idiossincrasia esta minha maneira de viver e sentir o Luso. Com o maior respeito pela Mealhada...
Sobre as XAMUSSAS s� conhe�o aquelas que me d�o como aperitivo juntamente com uma imperial.
LOLOLOLLLLASOLLSOLLLLLOLLL... at� me ia engasgando com a CHAMUSSA (� assim que se escreve, n�o �?)
S� uma XAMUSSA chamuscada � que pode dizer que eu gosto de contar as minhas fa�anhas e de me vangloriar delas !!!!
As caras da JFL podem ser as mesmas, � verdade. Mas s�o essas caras que, juntamente com outras que est�o e estiveram na CMM,que fizeram,em 16 anos,crescer e aumentar as infra-estruturas do nosso LUSO. Temos de pensar o futuro, mas n�o podemos olvidar o passado.
Como tudo na vida, h� sempre uma XAMUSSA que n�o gosta de mim. Compreendo, aceito, � natural.
PS :
Se ontem foi um dia de sonho para mim ( O LUSO EST� SEMPRE NA MESMA !!!!!), por se ter assinado o CONTRATO DE EMPREITADA DE CONSTRU��O DA EXTENS�O DE SA�DE DE LUSO, hoje � um dia muito triste. S�o passados 8 longos anos que me despedi do meu querido filho JORGE HUMBERTO, um jovem que amava o LUSO e que n�o gostava de se vangloriar das suas enormes fa�anhas. Foste e ser�S SEMPRE O nosso campe�o, querido filho !Amavas a camisola das quinas que t�o bem honraste e eras t�o simples e puro. Jamais te esquecerei! Estar�s sempre no meu pensamento e no meu cora��o e as tuas grandes fa�anhas ficar�o sempre gravadas na mem�ria de todos aqueles que te adoravam. O teu amor � camisola continuar� a permanecer no meu esp�rito porque tu me dar�s for�as para continuar a percorrer o meu caminho.
E o Jorge Humberto de certeza absoluta era teu Amigo... Ele s� tinha Amigos !
caro Jorge Carvalho, tenho de concordar com o asdrubal, com o aleixo e com o jerico, e com todos que acharam excessivo este post.
N�o sou sua amiga nem sou sua inimiga e muito menos tenho medo que leve a cabo as suas investiga��es para saber quem sou.
A n�vel pessoal, o senhor sempre me tratou com respeito e, por isso, as cr�ticas que lhe fa�o/fiz/farei n�o t�m que ver com o seu comportamento para comigo, mas com o que escreve aqui.
Antes de mais, j� me incomoda essa sua permanente vitimiza��o em rela��o � perda do seu filho, perda essa que come�o a pensar estar a usar para enaltecer a sua ac��o. Felizes daqueles que nunca perderam ningu�m, infelizes dos que n�o honram a mem�ria dos que partiram, honrando os que est�o vivos, corrigindo o que antes n�o foi feito. Parece que a frase da escritora n�o est� correcta neste caso, porque o fantasma prevalece � realidade. E muito menos apropriada estar� a frase descontextualizada do fil�sofo. O futuro constr�i-se olhando para o passado, mas este s� � �til se servir para colmatar os erros que se fizeram, ultrapassando-os. � assim que honramos os que j� n�o est�o, seja ao n�vel da nossa hist�ria privada, seja num sentido mais alargado da hist�ria humana.
Quanto a raivas e persegui��es imagin�rias, o senhor n�o ser� um exemplo, dada a sua conhecida impetuosidade (o mundo � muito pequeno, caro Jorge, e lembre-se que n�o sabe quem est� por detr�s dos nicks e/ou as rela��es que essas pessoas t�m). Todos n�s somos criticados, s� os sem car�cter � que agradam a gregos e a troianos, como t�o bem disse e ideia com a qual concordo, mas fazer de cr�ticas persegui��es e vitimiza��es j� come�a a fartar e � digno de cueiros.
Fui das primeiras a congratular-me com a sua participa��o no blog, porque lhe reconhe�o algum m�rito e coragem, que nos trouxe uma mais-valia, mas essa sua permanente benevol�ncia, esse uso excessivo de uma pretensa camaradagem com todos os seres humanos, esse cansativo recurso ao que sofreu, j� cansa. Morrem crian�as por inani��o todos os dias e, mesmo que isso n�o seja um grande lenitivo para quem sofre a perda de um ente querido, a verdade � que � um ego�smo atroz pensarmos que somos n�s as v�timas. V�timas s�o os que morrem. A cada segundo. Para os quais o mundo deixou de ser possibilidade. A n�s s� nos restar� honr�-los atrav�s das nossas ac��es no dia-a-dia, carregando a responsabilidade de viver a vida o melhor que soubermos, vida que outros n�o tiveram possibilidade de viver.
Aproveitando, gostava, tamb�m, de lhe dizer que n�o me parece correcto estar, permanentemente, a lembrar o que fez e o que faz. Para j� porque � uma falta de respeito pela equipa de que faz/fez parte (ou fez tudo sozinho?) e, depois, por que limita-se a fazer aquilo a que se prop�s. Fez muito, � prov�vel; pode fazer mais, tamb�m � prov�vel. Quando nos propomos fazer algo, fazemo-lo sem esperar que o simples facto de o realizarmos nos traga o m�rito por t�-lo feito! S� num pa�s onde reina a incompet�ncia, a todos os n�veis, � que ainda nos surpreendemos quando as pessoas levam a cabo a sua fun��o.
J� sei que n�o vai gostar deste meu tom e vou ser acusada de qualquer coisa, mas, ao contr�rio de si, n�o vou amuar e amea�ar ir embora s� porque n�o gosto do que dizem. Lamento ter tido necessidade de falar de um ponto da sua vida privada, mas � o senhor que est� sempre a us�-lo como legitima��o para o quer que seja. N�o deseje a compaix�o alheia, deseje o respeito pelo m�rito das suas ac��es.
CONTINUAS A FAZER USO DA TUA IMENSA DEMAGOGIA, CARA LUA .
Senhora LUA : S� quero informar a Senhora que sei muito bem quem � e, apesar de insinuar que andei, ou ando, em investiga��es para saber quem �, isso at� nem � verdade. J� agora, como a Senhora, s� nos brinda pelas suas ilustres prosas intelectuais neste blog, diga-me l� por favor, ou escreva-me numa folha de papel A4 o que � que j� fez pela sua terra?
Se me permite um conselho, deixe l� as demagogias do costume e venha juntar-se ao grupo daqueles que j� andam a fazer alguma coisa pela nossa terra, muitos deles s�o aqueles que eu conheci atrav�s deste blog.
Sobre o meu filho Jorge j� � tempo da senhora deixar de julgar os outros neste assunto que n�o lhe diz respeito nenhum e, se eu lamento o que aconteceu, s� a mim diz respeito e nunca � senhora, por isso a senhora n�o tem que se incomodar com a minha vitimiza��o, s� tem de passar ao lado de um assunto que n�o � do seu foro.
A Senhora n�o deve estar bem quando aqui diz aqui que eu estou a aproveitar a perda do meu filho e a usar isso para enaltecer a minha ac��o, pois n�o?!?!?! Veja se pondera melhor o seu sumptuoso discurso e j� que usa o termo de cueiros estar� a referir-se aqueles que s�o os panos que envolvem as pernas e as n�degas dos beb�s, por�m, eu falo em deixar os cueiros que � acabar com as brincadeiras de crian�a para se entregar a ocupa��es s�rias.
Fala a Senhora na minha impetuosidade ? Pois muito bem : diga l� qual foi o dia em que a minha impetuosidade prejudicou quem quer que fosse ? N�o confunda as coisas minha senhora ! A minha impetuosidade serve apenas para atingir os objectivos que s�o necess�rios. � como um jogador de futebol impetuoso. S�o esses que os treinadores mais admiram e apreciam e que gostam sempre de ter nas suas equipas. O PETIT do benfica � um deles. � um dos melhores jogadores portugueses. Veja l� aonde eu chego para lhe dar um exemplo de impetuosidade.
E j� agora, se me permite, e como a Senhora deve ter um espelho l� em casa, veja-se ao espelho. De certeza que n�o deve ser a BRANCA DE NEVE, mas sim a LUA com todos os defeitos e virtudes que se lhe reconhecem.
Estamos conversados ?
Cara LUA : Tu que percebes umas coisas de filosofia e porque te dedicas a escrever com sapi�ncia, mas com a ferocidade habitual, permite-me que te diga que h� um padre espanhol que me ensinou uma coisa :
H� circunst�ncias na vida em que a dignidade humana pode exigir grandes sacrif�cios, isto �, hero�smo. Ningu�m tem autoridade moral para exigir de outro um comportamento her�ico. Cada um de n�s tem essa obriga��o, n�o porque outros lho pe�am ou censurem se o n�o fizer, mas porque as pr�prias coisas lho pedem; pede-o sobretudo a dignidade humana.
A hist�ria de todas as culturas est� cheia de gestos exemplares deste tipo, fora do "normal estat�stico". Mas estas escolhas podem surgir na vida de todos os homens, em circunst�ncias "normais".
Pois Minha Querida Fil�sofa LUA : Gosto muito de observar as tuas escolhas e respeito-as. Eu tamb�m fa�o as minhas escolhas na minha vida e tu, Querida Amiga, ter�s tamb�m de as respeitar sob pena de tudo o que escreveres sobre mim ser mesto, o que, na verdade, me causa muita pena.
Caro Jorge Carvalho, n�o haver� muito mais a acrescentar ao que eu disse e ao que acabou de dizer, dando-me raz�o em muitos pontos. De qualquer forma, ainda que tenha prometido a mim mesma n�o alimentar este tipo de pol�mica, n�o posso deixar de comentar algumas ideias:
1- n�o tenho de lhe provar nada porque n�o sou dirigente pol�tico da terra. A minha prova tenho-a de dar todos os dias no meu emprego, porque h� locais em que a troca de favores e a antiguidade de nada valem. Como cidad�, participar mais nos destinos da terra onde vive � uma op��o, j� no que toca a si n�o � uma op��o. � sua fun��o fazer pela terra, � da sua compet�ncia e, por isso, virar o bico ao prego interpelando-me sobre o que eu fa�o ou deixo de fazer (atacando para se defender)�, isso sim, pura demagogia. Quer um exemplo? Quando se falou da revitaliza��o das termas, proposta da primeira da sua lista, como se defendeu? Dizendo que conta com a colabora��o de todos para se lutar por isso...pura demagogia e, mais grave, indu��o ao erro por aqueles que em si votaram.
2- relacionado com este ponto, vem a sua permanente vitimiza��o. N�o me interessa o que sofre ou deixa de sofrer, interessa-me a sua compet�ncia para o cargpo que assumiu e, por isso, a sua vitimiza��o diz-me respeito porque surge-me sempre como p� para os olhos. Sou eu a demog�gica?
3 - relativamente �s investiga��es que faz, j� anda nisso muito antes de vir participar, em seu nome pr�prio, no blog, dizer-me que � mentira d�-me vontade de rir quando eu, e outros que por aqui andam, sabem t�o bem disso. At� j� sabe quem eu sou (parece-me dif�cil, mas � poss�vel)! Quer mais demagogia (e coisas piores?)? Quando aqui chegou em seu nome, sempre que as cr�ticas surgiam a sua resposta, aparentemente af�vel e tolerante, era um pedido para que nos desloc�ssemos � Junta, para nos explicar e mostrar os dados que refutavam tais cr�ticas. O senhor tem um cargo p�blico, tem de nos prestar contas, at� porque � pago com os nossos impostos e, para saber o que anda a fazer, n�o temos de o interpelar ou nos deslocarmos: � a sua fun��o, tamb�m, de informar. Se assim n�o quer, n�o venha em seu nome e escolha um dos outros nicks.
4- em rela��o � sua impetuosidade, se falei dela � porque se calhar prejudica. De qualquer modo, a sua analogia com o futebol est� bem na linha da falta de compet�ncia dos nossos pol�ticos e da mistura, que me causa asco, entre pol�tica e futebol. Mistura essa que s� em pa�ses sub-desenvolvidos e ditos do "terceiro mundo", bem em como regime ditatoriais, � que s�o vistas de �nimo leve. Quer mais demogogia que esta mistura que acabou por fazer? Ainda n�o compreendi, e n�o estou a falar unicamente de si, por que raz�o em Portugal os dirigentes pol�ticos ser�o ou foram dirigentes de clubes de futebol. O poder � ~um lugar t�o apetec�vel...
5 - para acabar, o que o senhor disse em rela��o ao hero�smo foi exactamente o que eu lhe disse. De qualquer forma, esta quest�o dava uma tese, uma vez que o hero�smo dos povos herdeiros de gregos e romanos � exponencialmente diferente do heroismo dos povos n�rdicos: e n�o ser� por acaso, que a democracia n�rdica surge como mais perfeita (dentro do poss�vel). No entanto, ainda que tenha compreendido o ponto a que eu queria chegar, a sua conclus�o est� longe de ser a minha: o senhor n�o foge � estat�stica, nem fugir � estat�stica � ser her�ico. Todos somos her�is � nossa maneira, todos sobrevivemos a trag�dias. Julgar-se acima dos outros por ter enfrentado o que enfrentou � de uma arrog�ncia extrema e, mais uma vez, tem laivos de vitimiza��o.
E fico-me por aqui em rela��o a isto.
Outra vez a tua demagogia a vir ao de cima, Querida Lua.Falas de muita coisa que n�o � verdade ( at� dizes que eu sou pago com os teus ( e de outros ) impostos !!! ) Muitas coisas que aqui afirmaste n�o s�o verdade. Sabes o que eu penso ? Ent�o v� l� : "muita parra e pouca uva". E, finalmente, vou seguir o conselho de um amigo que h� 2 minutos me telefonou e, mais uma vez, me aconselhou a n�o responder mais neste blog.
Cada vez mais me apercebo que ele tem raz�o...
PS - Tamb�m � uma inverdade aquilo que afirmas em rela��o �s investiga��es. Estou � vontade para te provar o que digo, at� porque, muitos dos que escrevem neste blog e que tamb�m s�o teus amigos, te podem provar o que digo.
E, agora, vou dizer-te uma coisa muito simples : �para de me "chatear" e dedica-te � tua filosofia, ao teu mister, e ensina bem os teus alunos.N�o estou mais para te aturar, porque s� vomitas �dio e mais pareces uma frustada.�
Pe�o desculpas se te ofendi, mas estou sempre dispon�vel para te receber e debater contigo muitos assuntos que tenham verdadeiramente interesse. Penso que isso � que � salutar, porque, como aconteceu com outros que aqui escrevem, mudam logo de opini�o a meu respeito e come�am a participar na tentativa de resolu��o de temas que incomodam o dia-a-dia e o futuro do nosso Luso. E sobre a minha terra eu n�o tenho de me defender como tu dizes, tenho � que defend�-la sempre, n�o precisando de antiguidades e troca de favores, porque nisso eu n�o alinho. Continuo a dizer-te que n�o me conheces bem, o que � uma pena.
O que � que se passa contigo ? Gostava de um dia falar contigo, pessoalmente, sobre muita coisa que aqui tens afirmado. Deixo-te aqui o convite.
Desejo para ti muitas felicidades um Bom Natal, um pr�spero Ano Novo e tamb�m lamento muito a perda de um QUERIDO AMIGO que, noutros tempos, era um dos meus fi�is companheiros dos "bailaricos" que se faziam por tantas e tantas terras que percorr�amos. E nunca tivemos uma �nica zanga, gost�vamos muito um do outro. Tenho saudades dele...
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Oh LUA : Esqueci-me de comentar que tu, melhor que ningu�m,talvez, sabes que quando se tem uma perda muito grande, nunca nos podemos julgar acima dos outros por termos enfrentado a desdita da vida.Aqui n�o posso deixar de mencionar a sabedoria Hass�dica que nos diz que o que devemos fazer � amar o pr�ximo como a n�s mesmos. N�o h� ningu�m que conhe�a os nossos erros melhor que n�s mesmos!Mas, apesar disso, temos de gostar de n�s mesmos. Deste modo, devemos amar o pr�ximo, independentemente dos erros que encontrais nele.E quem n�o gosta de si pr�prio, n�o pode amar os outros. Esta � a maneira hial�ide que eu tenho do meu semelhante, apesar de falares na minha impetuosidade.
" O poema ensina a cair sobre os v�rios solos desde perder o ch�o repentino sob os p�s como se perde os sentidos numa queda de amor, ao encontro do cano onde a terra abate".
QUEM N�O GOSTA DE SI PR�PRIO N�O PODE AMAR OS OUTROS !!!...
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