Coisas que me fazem sentir
realmente pequenino
Ontem descolou o vaivém Discovery para mais uma missão espacial. Ver mais aqui.
Os seus sete tripulantes, cinco homens e duas mulheres, poderão disfrutar de uma visão invejável do nosso planeta e de "sentir" o quão pequenos somos num universo infinito.
Visto lá de cima, a importância do Homem no Universo é mais insignificante e ínfima que um grão de areia em extenso areal de uma praia qualquer. Um grão de areia que a qualquer momento a Natureza pode varrer e fazer desaparecer.
Visto lá de cima, Vilar de Perdizes, milagres ou quaisquer crenças populares, que eventualmente aspirem a alterar esta realidade, são pura demagogia e só nos tornam ainda mais pequenos e vulneráveis do que aquilo que já somos.
E se a ambição do Homem é ir para o céu, pelo menos aqueles sete tripulantes já o conseguiram. Os outros é melhor treinarem para astronautas.
1 Comments:
É exactamente essa percepção de que somos tão finitos e pequenos a que nos concede a humildade e o respeito por todos os seres humanos apesar de todas as diferenças. Pensar o universo, a sua imensidão e complexidade, contudo, muitas vezes só é suportável acreditando, tendo fé num ser superior, mesmo em espíritos científicos, uma vez que é humano o permanente desejo de segurança e, levando as investigações astronómicas - qualquer uma das teorias, desde a teoria do Big Bang à teoria das cordas, que não obstante a cientificidade também têm o seu quê de fé - até ao limite nunca temos todas as respostas que necessitamos, sobretudo, a da origem. Isto para dizer que, ainda que partilhe a ideia defendida no post, compreendo que isso aconteça (só não compreendo a fé cega, infelizmente, a mais comum).
Enviar um comentário
<< Home