O balanço das Juntas de freguesia

Ao fim de um ano de mandato das Juntas de Freguesia, parece-me importante que se faça um balanço das suas actividades para avaliar da competência e capacidade no cumprimento dos seus orçamentos, bem como da existência ou não de desvios, na realização dos planos e promessas que fizeram ao eleitorado.
A última edição do Jornal da Mealhada apresenta um balanço das várias Juntas, pela voz dos seus intervenientes directos.
Apesar do texto não ser suficientemente explícito, depreendo que as questões que são colocadas foram solicitadas às várias forças politicas representativas de cada freguesia. A apresentação desse artigo nem teria sentido se assim não fosse. É pois com base neste pressuposto que faço o meu comentário.

Mais uma vez os elementos da Junta de Freguesia do Luso optaram pelo silêncio.

Assim resta-nos a informação prestada por Fátima Silva, membro da Assembleia de Freguesia pelo PSD, para a qual, o balanço revela uma Junta de Freguesia sem capacidade realizadora, que vai terminar o ano com uma taxa de execução a rondar os 15%.

Ficaram 85% por executar. Isto significa que o Luso, este ano, atrasou-se 85%.
Infelizmente mais grave que isto, é a sensação que tenho de que o Luso, nos últimos anos tem-se atrasado 85%, por cada ano que passa. Nesta média, nos últimos 10 anos, o Luso só avançou 1,5 anos.
Um sinal de que esta sensação não andará longe da verdade está no crescimento quase nulo da população.
Actualmente é a quarta freguesia mais populosa do concelho, mas a continuar neste ritmo, não me surpreenderá, que nos próximos censos tenha perdido essa posição para Barcouço.

Resta-nos a esperança de continuarmos a ter as valetas mais limpas do concelho.