5.6.06

Lei da Paridade

Cavaco Silva vetou a Lei da Paridade tomando a primeira decis�o pol�mica do seu mandato.
O diploma iria imp�r a ?representa��o m�nima de 33,3 por cento de cada um dos sexos nas listas? candidatas �s elei��es legislativas, aut�rquicas e europeias.

Quest�es abertas � discuss�o:
1 - Dever�o os requisitos para elabora��o de listas ser baseados em crit�rios como a compet�ncia, ou dever�o ser elaboradas com base em decretos?
2 - Como ficam os homossexuais no meio disto tudo?

N�o se acanhem Sras., Srs. e outros. Manifestai-vos.
Afinal isto n�o se trata de uma guerra de sexos...pois n�o?

Nota: Favor n�o falar de cunhas, tachos e afins...

6 Comments:

At 6/05/2006 09:25:00 da tarde, Blogger lua-de-mel-lua-de-fel said...

caro urtig�o, confesso a minha perplexidade em rela��o � sua segunda quest�o, a dos homossexuais; confesso que n�o compreendi.
Quanto ao resto, e como mulher (parte interessada, portanto)concordo em absoluto com o veto de Cavaco Silva a esta lei da paridade, muito mal parida, se me permitem. Parece-me que s� h� uma justifica��o poss�vel: � que estabelecer quotas para a participa��o de mulheres na pol�tica (e estendo a outra �reas)� ainda um tipo de discrimina��o, positiva mas sem deixar de ser discrimina��o, lembrando as quotas, mto usuais nos EUA em rela��o a todas as "minorias". Se o governo e assembleia portugueses desejam mesmo igualdade de oportunidades entre ambos os sexos que criem infraestruturas e meios que permitam �s mulheres optar por uma carreira pol�tica por m�rito. O problema est� no facto de ser mais f�cil criar quotas para as "coitaditas" das mulheres terem acesso � pol�tica com a mesma facilidade dos seus pares masculinos, do que criar esses meios, lembrando a est�ria da empregada que varre para debaixo do tapete o lixo.
O problema, por�m, � que falta uma efectiva mudan�a de mentalidades, de cultura para que as mulheres possam ter a igualdade de acesso a cargos pol�ticos ou/e de chefia. Mas o facto de se tentar lutar contra isso arav�s de quotas de paridade � manter a mesma mentalidade, n�o nos podendo esquecer n�s que, n�o obstante o crescente n�mero de mulheres competentes e profissionais ser superior ao dos homens em quase todas as �reas, os cargos de chefia, p�blicos/pol�ticos e privados continuam nas m�os dos homens, o que � sintoma de que alguma coisa estar� mal num pa�s que se diz democr�tico e gosta de ter como compara��o os pa�ses n�rdicos.
Deve ser o m�rito e n�o o g�nero ou a cor da pele o crit�rio para a selec��o de pessoas. O que falta fazer � criar meios para que exista uma justa e ajustada "competi��o". Mas isso d� mais trabalho e n�o se recebem louros a curto prazo.

 
At 6/06/2006 12:41:00 da manhã, Blogger Sentinel' Alerta said...

Cara Lua
Subscrevo inteiramente.
T�o s�

 
At 6/06/2006 10:27:00 da manhã, Blogger El Tonel said...

Pois eu acho que os cargos p�blicos deviam ser 100% exercidos por mulheres...

... tinham muito menos tempo para nos moerem o juizo....lolololol

(tou a brincar, Lua)

 
At 6/06/2006 01:21:00 da tarde, Blogger Urtigão said...

Concordo em absoluto com o seu coment�rio cara Lua, acho descriminat�rio estabelecer quotas seja para quem for. No caso das listas deveria ser apenas o m�rito ditar a sua constitui��o, nem que fosses constituidas por 100% de elementos de um mesmo sexo.
As quotas dever�o ser um �ltimo recurso a aplicar e apenas em casos muito especiais que n�o � o caso deste. Talvez, por exemplo, quotas de emprego para deficientes

Como este caso, considero igualmente descriminat�rio a exist�ncia de um dia da mulher. Ser� que as mulheres necessitam de um dia que chame a aten��o para elas. Acho que n�o.

Quanto quest�o dos homossexuais a explica��o � simples. Considero estas quest�es de quotas para sexos t�o absurda que resolvi colocar uma quest�o igualmente absurda s� por piada, assim como � piada a parte final do post.

 
At 6/06/2006 03:54:00 da tarde, Blogger El Tonel said...

Excelente ideia...lol

LEI DA PARIDADE NA PEDREIRAGEM... J������.....!!!

At� parece que j� as estou a ver... de fio dental e camisita de al�as a chegar massa e tijolo � malta... ou... prontos... t� certo... para sermos n�s a fazer o trabalho mais duro... n�s a chegarmo-lhes massa...

E elas em cima do andaime nos dias de calor... em tronco n� com aquela tatuagem no bra�o �Angola 1969 - Amor de m�e�...LOLOLOLOL

Lei da paridade...J�����...

 
At 6/07/2006 01:50:00 da tarde, Blogger lua-de-mel-lua-de-fel said...

Urtig�o: desculpe n�o ter percebido o alcance em rela��o aos homossexuais; em rela��o a estes j� tive possibilidade de aqui deixar a minha opini�o aquando deste tema e, reafirmo, o crit�rio deveria estar sempre no m�rito, seja para a participa��o pol�tica, seja para �rg�os de chefia, seja para poder adoptar crian�as.

Caro/a serigaita: o problema � sempre das mentalidades, cultural. Um desses casos mais �bvios � o que enuncia, mas h� outros: em rela��o � virgindade (o homem deve ter experi�ncia, a mulher conv�m que n�o), em rela��o a "solteironas" (o homem solteiro � esperto e livre, a mulher � uma encalhada), em rela��o a mulheres que optam por ser boas profissionais em detrimento de constituir fam�lia (o homem � um trabalhador, a mulher n�o tem ningu�m que a queira ou tem um qualquer problema), em rela��o a mulheres que ocupam cargos de chefia ou importantes cargos pol�ticos (o homem tem carisma, a mulher � masculina), e, at�, em rela��o a mulheres que se est�o a marimbar para os supostos padr�es de beleza feminina (um homem � bon vivant, uma mulher � desmazelada). nfelizmente, estes preconceitos (felizmente cada vez menos correntes) �, tamb�m, - e por vezes sobretudo -, perpetuado pelas pr�prias mulheres, seja por invejas de outras de si diferentes, seja por inseguran�a de tentarem contra as expectativas que a sociedade tem delas. Veja, inclusive, que comummente pensamos que uma mulher, s� por ser mulher, ser� boa m�e (veja, inclusive, o nosso direito de fam�lia, que privilegia a rela��o da crian�a com a m�e). Quando sabemos que tamb�m h� pedofilia e molesta��o de crian�as pelas m�es e educadoras, quando conhecemos t�o m�s m�es...Mais uma vez, o �nico crit�rio poss�vel, racional e razo�vel, � o do m�rito e nunca o do g�nero.

 

Enviar um comentário

<< Home