O CAPUCHINHO VERMELHO E O LOBO MAU
Factos e protagonistas recentes fazem-me, agora, abordar esta velha est�ria sempre actual. As concep��es dicot�micas da vida e dos homens s�o muito c�modas, porque dispensam um aturado e fundado esfor�o de ajuizamento e argumenta��o. Alimentam-se de preconceitos, de suspei��es, de ingenuidades e apar�ncias. Condimentadas do sabor a cren�as e a f�, n�o conseguem encobrir a sua fragilidade. Mas s�o eficazes (ou n�o?) e d�o muito jeito no estabelecimento de fronteiras e n�veis de valoriza��o e qualifica��o, de separa��o e exclus�o. Terra de mexeriqueiros e mexeriqueiras, parece que pelos bosques da frondosa Mata do Bu�aco e pela santa terra da �gua, estamos a aguardar a vinda de um (a) desejado (a). Aguardamos com viva ansiedade a sua apari��o em qualquer quadrante e mergulhamos na mais negra e pesada tristeza quando o "encoberto" n�o surge do lado de c� da realidade. Vivemos sorumb�ticos, insaci�veis de saudade e esperan�a.
Falar � f�cil; fazer � muito mais dif�cil. Criticar � f�cil; ser probo � muito mais dif�cil.
De um lado o bem, os bons, os puros, os bem-intencionados, os s�rios e honestos, os justos e rectos, a verdade, isto �, Deus; do outro lado o mal, os maus, os �mpios, os mal-intencionados, os perversos, os fraudulentos, os batoteiros, os mafiosos, a mentira, os que n�o bebem ch�, isto �, o Dem�nio.
Desde pequeninos fomos habituados a tal dualismo e demarca��o atrav�s das mais persuasivas formas, de que a hist�ria do capuchinho vermelho e do lobo mau � um exemplo.
Esta dicotomia parece que tem aqui uns fi�is servidores, uma cura le�nica de garras afiadas empenhada em convocar conc�lios de homens e mulheres, s�bios, bons e not�veis, cuja incumb�ncia � delinear a estrat�gia destinada a extirpar todo o mal que grassa na nossa terra e no nosso concelho. � preciso erradicar de vez o mal que corr�i as entranhas mais �ntimas e sens�veis da moral da nossa terra e at� da Na��o.
Parece que deste conclave saiu fumo branco e foi nomeada uma abadessa (n�o um Papa) para desencadear uma vaga de moraliza��o intitulada "opera��o m�os limpas".
AMO-TE LUSO, cada vez mais...!
5 Comments:
Quem n�o quer ser lobo, n�o lhe veste a pele...
Mas h� boas not�cias:....
Entretanto o Capuchinho Vermelho cresceu e...
Bem-vindo Bambi. Conta l� a tua hist�ria, j� que andam numa de auto-an�lise...
� Jorginho......outra vez com falinhas mansas....o �nico que pensamos santo(porque como tudo em Direito, as provas n�o existem), morreu crussificado acusado de um pecado.......ai ai sempre a mesma tecla. O Homem � assim, pode ser mais moderado, mas est� l�, � natural. Como tudo nesta natureza. E digam l� a verdade que se assim n�o fosse isto j� tinha perdido a piada.
Caro Jorge
Sugeria que utilizasse uma linguagem mais "normal". Confesso que tive que ler o in�cio do post mais que uma vez para entender o que escreveu (se calhar sou um pouco limitado)e mesmo assim n�o tenho a certeza se percebi. Esta linguagem nem parece sua pois o tom dos seus outros posts e coment�rios t�m um tom bem diferente.
Mas se percebi a ideia, penso que a diferen�a entre os "bons" e os "maus" n�o � assim t�o linear. Toda as pessoas t�m o seu lado bom e mau, ou t�m os seus bons e maus momentos e espero que n�o considere alguns como sendo "maus" s� porque t�m uma opini�o ou um ponto de vista divergente do seu. Acredito realmente que o Jorge seja uma boa pessoa e tenha vontade de fazer o melhor pelo Luso.
Depreendo pelo que escreveu que considera estar no lado dos "bons", mas de certeza que tamb�m j� teve os seus maus momentos, caso contr�rio n�o seria seria um "bom" mas sim um santo...e eu penso que santo o Jorge n�o �...
� isso a� cara!!!
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