Por um punhado de Hemorroidas
Tocou o despertador! Levantei o bra�o e deixei-o ca�r com a suavidade t�pica de um martelo, sobre t�o incomodativo objecto. Um bocejo, uma espergui�adela e, quando ia para calcar o sapito da praxe, esbugalhei os olhos e disse:�Ai... Ai... Ai... passa-se alguma coisa de errado!�. Levantei-me e fui � casa de banho. Depois de uma pequena investiga��o, cheguei a uma conclus�o: Era uma crise de hemorroidas! �Eu bem disse � Maria para n�o p�r tanto picante na feijoada de ontem!� pensei. �� Maria?!... fosca-se p�! ... por causa da tua mania do picante, para a gente se manter acordado at� mais tarde, agora tou com uma hemorroida que me chega quase ao joelho!!... Eu bem te disse que andavas a abusar do picante!� gritei eu. A Maria que estava na cozinha a acabar de assar os franguitos para o pequeno almo�o disse: � Picante???...Eu???? Quem te mandou beber aquelas 3 garrafas de tinto ao jantar??? Eu bem te disse que o vinho era manhoso!!... � bem feito!!!...Toma!!� respondeu ela. �Pap�??... o que � uma hemorroida??� perguntou a minha pequenina Renata Vanessa entretanto acordada pela algazarra. �Olha... � uma... � uma... olha, � uma dor de cabe�a fora do s�tio!� respondi eu. �Fora do s�........� tentou ela perguntar novamente. �Agora n�o... agora n�o tenho tempo para explica��es!!!� interrompi eu. Comi dois franguitos e bebi dois copos de tinto de p� (pois n�o conseguia sentar-me), vesti-me, enfiei o penico com asas de cabedal na cabe�a e arranquei com a minha casaleira em direc��o � santa terrinha. Quando comecei a descer das muitas ladeiras da nossa terrinha, passei pelo Sereno. �Eh p�! Andas a treinar para fazer trial????� perguntou ele vendo-me de p� em cima da motorizada. �N�o p�!... tenho o banco estragado e vou ao Castro para ver se o arranjo� respondi eu. �Certo p�! ... por um momento julguei que n�o te sentavas por teres algum problema no c�!� disse ele �s gargalhadas. �Pois... Pois... tens muita piada p�! ... Bem... eu j� venho!� disse eu arrancando ladeira abaixo. No meio da algazarra e desorganiza��o do estacionamento ao p� do mercado, l� consegui arranjar um furinho para estacionar a casaleira. Desliguei, desmontei e dirigi-me ao centro de sa�de (vulgo Casa do Povo). �� Sr. Bracal?!... ainda h� urgencias pr� doutor?� perguntei eu. �N�o meu amigo!... j� estava a� gente desde as 5 da manh� que as apanhou todas!� respondeu o Sr Bracal. �Mas, � Sr. Bracal, � que eu estou mesmo � rasca!� disse eu e segredei-lhe ao ouvido aquilo que me tinha acontecido. N�o conseguindo conter um pequeno sorriso de gozo, o Sr. Bracal disse: �Bom... vou ver o que posso fazer! Pode ser que o doutor o possa antender no final!�. At� correu bem! S� tive de esperar 4 horas para ser atendido! At� nem custou muito estar de p�! O �nico problema eram as dores que tinha a cada sapito que calcava! At� tive de conter as lagrimitas, que de vez em quando me vinham aos olhos (N�o sei se era da minha cara de desespero, se era das bufas, mas toda a gente partilhava o meu sofrimento e fazia caretas de sacrif�cio). �Entre Sr.Tonel!� disse por fim o doutor. �Ent�o de que se queixa?� perguntou ele quando eu fechei a porta. �Sr. doutor, estou com uma crise de hemorroidas terriv�l� disse eu. �Ent�o vamos l� ver isso!. Baixe as cal�as e ponha-se de gatas me cima da maca!� disse o doutor. �Ah n�o! Isso � que n�o! N�o mostro o c� a ningu�m! O senhor doutor quer um tabefe ou qu�? Olhe que as minhas m�os n�o teem nenhum problema!... Isso � que era bom, andar pr�i a mostrar o c�!� disse eu. �Acalme-se homem!... para lhe fazer o diagn�stico tenho de ver qual o seu problema!� disse o doutor. �Mas eu j� fiz o diagn�stico: � uma HE-MO-RROI-DA! Quer que lhe fa�a um desenho ou qu� homem?� disse eu. �Mas oi�a, Sr. Tonel: pode at� ser outra coisa qualquer. Lembre-se de uma s�rie de pessoas do daqu� que j� tiveram problemas a� e que at� tiveram de ser operadas. Olhe que algumas delas at� tiveram problemas de outro tipo por causa disso� argumentou o doutor. Pensando na minha Maria l� acedi ao pedido do doutor. �Eh p�!!!! Isto parece uma ca�oila de chanfana!!! Nunca v� uma hemorroida t�o grande!!� disse o doutor. �E tem cura?� perguntei eu aflito. �Claro, � s� p�r uma pomada que eu lhe vou receitar, que isso passa!� disse o doutor , fazendo-me sinal para me vestir. �Pomada??? Ent�o agora vou ter de andar a p�r os dedos no c� e a espalhar pomadas??? N�o me faltava mais nada?? N�o h� comprimidos para isto??� perguntei eu. �Haver h�, mas a pomada � que me paga as viagens!� conclu�u o doutor.
3 Comments:
bravo el tonel.
Uma hist�ria bem apimentada.
Que nunca te falte uma boa pomada,
para acompanhar os petiscos.
T� giro sim senhor... (t� � um bocadito longo) ... mas isso s�o pintelhices minhas.
� p� ! t� casti�o � o cu parecer uma ca�oila de chanfana ! ! !
eh eh eh eh eh eh
Enviar um comentário
<< Home