A Il�ada

�� Homero, o que e que est�s a fazer?� perguntou Caius Minecus, o ajudante romano do escritor. �Estou em processo de inspira��o para escrever mais uma epopeia! Mas n�o me vem nada � cabe�a! S� penso em pedras, caminhos, pedras, caminhos, pedras, caminhos... Ouve l� � Minecus, o que � que rima com pedras?� perguntou o Homero. �Hummmm... que tal..... muros?� respondeu o Caius. �Muros com pedras??? Desde quando � que isso rima?� perguntou o Homero. �Alguma vez viste algum muro sem pedras?� respondeu Caius novamente. �� est�pido... mas faz sentido... Espero que a gera��o vindora compreenda a chalassa!� concluiu o Homero enquanto escrevia mais umas linhas. Nisto entrou Sparcavacus, que era o gajo, que tratava das finan�as de Homero. �Gaita p�! Enganei-me outra vez! � Caius, por acaso n�o tens a� uma borracha?� perguntou o fiel guarda livros. Antes que Caius pudesse responder, Homero interrompeu: �Os meninos fazem o favor de irem l� para fora e deixarem-me trabalhar! Tenho absolutamente de escrever sobre outra coisa que n�o seja s� sobre pedras e caminhos.... Com tanto barulho n�o me consigo concentrar.�. �Porque n�o escreves sobre as portas do templo que precisam de ser pintadas?� disse Aguiarinopoulous, o ajudante-de-campo do General Pedrosopapoupoulous, grande amigo da fam�lia, que acabava de entrar. �Mas ou�am l�?! Isto aqui � a casa da sogra ou qu�? N�o v�em que estou a tentar concentrar-me na escrita!� disse o Homero j� um pouco irritado. �Hohohoho, � Aguiarinopoulous andas com a toga desbotada do sol... Isso � maneira de um ajudante-de-campo se apresentar? Assim ainda v�o julgar que vais mudar de cidade-estado?� disse o Caius Minecus. �Estava aqui a tentar achar uma palavra que rime com laranja... que n�o seja �arranja�, nem �toranja� nem �marmanja�!� Insistiu o Homero. �Esque�a l� essa rima, que essa n�o conta!... pe�a a borracha ao senhor Caius para apagar isso!� disse a Lena, a escrava Hib�rica da casa, que pela for�a de trabalhar � tantos anos l� na casa, lhe tinha sido dada confian�a para opinar nos assuntos do poeta. �� Lena... tu �s de onde ao certo?� perguntou o Homero. �Sou de Troia!... uma peninsulazita na costa atl�ntica da Hib�ria! Um s�tio onde as constru��es duram pouco tempo!� respondeu a Lena. �Ena p�! Isso � que dava uma hist�ria!... T� bem que tu �s feia que nem um bode, e que os pr�dios duram pouco tempo l� em Troia, mas mudamos uma coisita aqui e outra ali, e v�o ver que a hist�ria tem sucesso garantido!� disse o Homero. �Fant�stico.... excelente deia! Tu sempre foste um bom contador de hist�rias!� disse o Minecus.
E assim nasceu a Il�ada
10 Comments:
� gutenberg
Assim como uma "r�bula" n�o tem nada a ver com "rabo", uma hist�ria pol�tica pode n�o ter nada a ver com elei��es...
N�o era essa a minha inten��o... releia a hist�ria, desta vez com mais calma, e vai ver que descobre qual a inten��o real desta "r�bula"....
Boas buchas...
Falta a parte em que entra um "Belmiricus" para animar a festa ...
LOLOLOL... fica para a proxima...
El tonel
Uma verdadeira obra de arte.
Depois deste magn�fico extracto da Iliada, para quando uma tradu��o integral da obra? Altamente recomend�vel, quer para gregos, quer para troianos.
Caro Burri-Queiro,
LOLOLOLOLOLOLOLOLOLOLOLOL!
� moleiro...
N�o me digas que precisas de legendas???
LOLOLOLOLOL
El tonel: lololol
Quanto � critica apenas, segundo alguns, de uma cor, penso que isso � normal j� que s�o eles que est�o no poder...h� tanto tempo...DE qualquer forma, se existe escondida por a� uma qualquer campanha, n�o � a mim, repito-me, que isso vai fazer com que mude a minha vota��o. De qualquer forma, caro moleiro, este espa�o � p�blico e se se sente acossado pode defender-se e refutar a ideia. For�a! A democracia � mesmo assim...
caro moleiro, mais uma vez, refute com argumentos mais do que com ataques de virgem ofendida (por falar em F�tima). Tenho a certeza que ter� muito terreno prof�cuo para tal...J� viu que insistir dessa forma s� joga contra si e contra aquilo que "defende"? � o senhor que est� a fazer campanha ao sublinhar o facto de se estar a fazer uma pretensa campanha, usando para isso cr�ticas vazias que s� traduzem uma reac��o (por falar em Pavlov)e irrita��o epid�rmica. N�o concorda com o que � dito: argumente! Este espa�o � de todos!
Caro moleiro, n�o caia na mesma vacuidade dos coment�rios e opini�es que t�o crispadamente critica: seja mais transparente no que quer dizer com o �ltimo per�odo do seu coment�rio, para ver se a carapu�a me serve.
Quanto ao resto, n�o vou repetir-me porque parece que n�o estamos no mesmo comprimento de onda, ainda que me pare�a que partilhamos a mesma ideia de base (mas temos de acertar o compasso e burilar mais os argumentos). De qualquer forma, n�o resisto a partilhar consigo um poema de Brecht que, longe de ser o melhor dele, coroa, penso, o m�bil que anima alguns coment�rios que por aqui grassam (e grasnam). Para quem souber ler e para quem servir:
�A Li��o do Jardineiro
Pequeno reino de sebes e canteiros,
O meu jardim me ensina
Que at� a rosa nobre de Mileto
Tem de, para ser bela, ser podada.
Tamb�m ela deve compreender
Que a couve, o alho e outros legumes
De origem modesta, mas n�o menos �teis,
T�m, como ela, direito
� sua ra��o di�ria de �gua.
O jardim seria mato
Se s� na rosa imperial pens�ssemos.�
Moleiro: LOL
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