14.9.05

Dever de agir.



O ver�o est� acabar, e este foi mais um ano que Portugal se debateu com o Inferno dos inc�ndios.
Mas nos aqui no blog somos muito respons�veis e talvez seja melhor come�ar j� reflectir sobre esta situa��o.
N�o vou aqui fazer grandes coment�rios, apenas expor algumas ideias.
Penso que todos sabem que os fogos s�o c�clicos, isto quer dizer que um ano arde ali e o outro arde aqui.
Tamb�m penso que todos sabem que mais de um quinto da �rea ardida este ano pertence ao Estado, algo de errado se passa sendo a �rea florestal do estado apenas 10% e a privada 90%.
Os inc�ndios s�o um neg�cio em franca expans�o, e para o ano a nossa zona pode ser a mat�ria-prima de tal neg�cio.
Este ano tivemos um inc�ndio bem pr�ximo da nossa mata, que chegou inclusive a passar pelos moinhos da portela, talvez tenha sido sorte o vento soprar tal inferno para outras paragens.
Em Junho e Julho n�o vi qualquer preven��o nos pontos altos da nossa serra, falo dos postos de vigia que s� em Agosto funcionaram.
A preven��o � no meu ver a melhor arma a ser utilizada, e os inc�ndios s�o uma guerra que � de todos, todos temos o dever de vigiar. Seria muito triste um dia acordar-mos e ver todo aquele verde transformado em negro, seria o fim e eu tamb�m me sentia culpado.

4 Comments:

At 9/14/2005 01:54:00 da tarde, Blogger lua-de-mel-lua-de-fel said...

Caro sos, partilho consigo a ang�stia de um dia acordar com o Bu�aco ardido. Este ano, andou perto. Mas n�o temos que nos preocupar apenas quando o fogo anda � nossa porta e, por isso, espero que o projecto de preven��o contra inc�ndios, levada a cabo pelo Estado, seja uma reforma estrutural e n�o caia em saco roto depois das primeiras chuvas.
N�o sei que neg�cios obscuros existem, uma vez que os terrenos do estado n�o podem ser vendidos (nem sequer as madeiras) ap�s um fogo. � claro que h� outros neg�cios, mais altos e mais profundos que t�m vindo � luz do p�blico em geral (onde at� os bombeiros foram apontados)
Outra coisa: j� repararam que o ano passado, aquando do Euro2004, n�o houve este panorama?

 
At 9/14/2005 04:21:00 da tarde, Blogger lua-de-mel-lua-de-fel said...

Caro sos
Antes de mais n�o sei por que raz�o t�m tantas expectativas em rela��o � minha pessoa, de qualquer forma agrade�o a admira��o (ainda que isso s� me exponha mais a cr�ticas).
Relativamente ao dados que considerou incorrectos, queira ver de novo o site que me recomendou:
- no ano de 2003 : 425.716 de �rea ardida;
- no ano de 2004: 129.539 de �rea ardida (e at� aposto que o grosso n�o ocorreu durante o m�s do Euro2004, ainda que tenha sido uma �rea semelhante a outros anos anteriores a 2003, embora n�o o mais mortal);
- este ano: ainda n�o h� dados oficiais mas a avaliar por aquilo que � dito no site que me referiu e no portal do MAI, ter� sido o pior de cinco anos a esta parte.

Poder� parecer abusivo a liga��o que fa�o entre o �ndice de fogos florestais e o Euro2004 (ser�?) e n�o tenho dados mensais sobre esse ano para que lho possa provar. De qualquer forma, estava muito atenta aquando deste evento desportivo porque estava ?escaldada? do ano anterior e pensei que com tantos espectadores estrangeiros, os incendi�rios n�o iriam ficar parados e lembro-me da minha surpresa quando constatei que os meus medos n�o tiveram cabimento (pelo menos, nesse m�s). Outra perspectiva para assim pensar (e cujo coment�rio meu tamb�m tentou abranger) � que com a cobertura massiva dos mass media sobre o evento, as outras dimens�es do pa�s foram esquecidas (e os incendi�rios n�o tinham a cobertura desejada). Ou seja, a minha sensa��o � que durante o m�s do Euro2004 o panorama n�o foi nem o de 2003 nem o de 2005 e ainda ningu�m me provou o contr�rio.

Quanto ao projecto que menciono, queira ver, tamb�m, j� que me parece desatento aos servi�os informativos, o comunicado do gabinete do MAI, onde est�o as coordenadas para o futuro plano que refiro.

 
At 9/15/2005 12:01:00 da tarde, Blogger Jerico & Albardas, Lda. said...

Com o ver�o a acabar, seria importante que os intervenientes directos na preven��o, n�o adormecessem. H� muito trabalho de casa para fazer e trabalho de campo tamb�m.
Inventaria��o das esp�cies existentes, por grau de risco.
Elimina��o de locais de risco, ou pelo menos redu��o desse risco.
Cria��o e actualiza��o de mapas de zonas de risco, com indica��o dos v�rios tipos de estradas e acessos, pontos de �gua, povoa��es e locais criticos, etc...
A CMM, que este ano teve brigadas florestais no terreno, deveria equacionar o seu refor�o e melhoramento das suas capacidades de combate, numa primeira interven�ao, em colabora��o com os bombeiros do nosso concelho e qui��, vizinhos.
N�o pode ser na hora da afli��o, que se procuram obter os mapas e as informa��es necess�rias, sobre o local do inc�ndio. E isso eu j� testemunhei.

 
At 9/15/2005 10:50:00 da tarde, Blogger Jerico & Albardas, Lda. said...

Isto cheira-me a pic-nics noturnos...

 

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