Pampi... Golf??

Acerca do campo de golfe da pampilhosa, vem no jornal da Mealhada da semana seguinte à estada do secretário de estado do Turismo no Luso, uma reportagem sobre a mesma.

Ao ler a entrevista, a certa altura deparo-me com uma afirmação proferida por Afonso Candal que me deixou em reflexão, após a qual, concluo facilmente que o dito senhor não deveria ter-se esforçado por falar do que não percebe.
Diz este senhor que, o campo de golfe da pampilhosa, é o que irá combater a sazonalidade do turismo do concelho do Luso.
Ora, é sabido que os ingleses procuram imenso o nosso país durante o Inverno para a prática do golfe porque na Inglaterra chove como o camandro, ou o caneco ou catano. No entanto, essa prática, resumir-se-á, quase em exclusivo, ao Algarve porque o clima ameno deste pedaço do país é ideal e, para todos os efeitos, um Inglês no Inverno no Algarve, pensa que está em Inglaterra no Verão.
Estes pressupostos não se verificam a Norte do Tejo, zona a partir da qual também chove como o camandro, ou caneco ou catano e, como tal, não percebo em que medida é que o campo de golfe poderá combater a sazonalidade. De quantos turistas estaremos a falar para que se possa dizer que não há grandes diferenças entre o Verão e o Inverno no Luso?
Será que é necessário um investimento gigantesco como é um campo de golfe para inverter o fio da balança? Melhor: será que é esse "O" investimento??
Quantos campos de golfe não se encontram melhor localizados, com melhores acessibilidades (sem ter de andar às voltas dentro de uma pampilhosa qualquer!) e com melhores estruturas de apoio?

Afinal é do campo de golfe que o Luso precisa já?