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Eis a pergunta prevista na proposta socialista que aguarda aprovação do Tribunal constitucional:
posted by Urtigão @ 10/30/2006 10:25:00 da tarde
6 comments
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6 Comments:
Eu concordo!
Bem, cheguei agora, vi que ainda não havia comentários e julguei oportuno deixar o meu testemunho.
Antes de mais:
Sem dúvida que é uma questão delicada e cuja interpretação depende da sensibilidade de cada um. Não nos recriminemos por termos sensibilidades diferentes. Nós somos o produto da educação que tivemos. Respeitemo-nos como somos.
Na minha casa nunca houve necessidade de recorrer a esse método de controle da natalidade. Temos os filhos que quisemos ter.
Porém, as famílias e as suas condições são diferentes e sei de muitos casos de mulheres que recorreram à prática de aborto, algumas com certa frequência, para evitarem ficarem carregadas de filhos. Reconheço que não é o melhor método, por muitos motivos, mas algumas vezes é o último recurso possível.
Creio que uma família equilibrada nunca teve um filho que não quisesse ter. Sempre teve a possibilidade de recorrer a "pessoas de virtude" que lhes resolveram esses problemas. Mas muitas vezes criaram outros bem graves. Estou a lembrar-me de uma vizinha minha, era eu ainda criança mas apercebi-me da situação, essa vizinha tinha 3 ou 4 filhos ainda pequenitos e morreu. Soube depois pelas conversas que tinha sido por um aborto mal feito. Essas crianças, hoje já pais ou mesmo avós, foram criados pelos avós com imensas carências. Nunca mais esqueci essa situação e o olhar sempre triste daquelas crianças.
Mesmo nas famílias de boas posses, naturalmente por motivos diversos, sempre as mulheres recorreram a essa prática. Foram muitos os milhares, talvez dezenas de milhares de abortos praticados numa clínica bem conhecida da zona de Aveiro que me escuso de mencionar e maioritariamente a mulheres espanholas que ali recorriam no tempo em que tal prática era crime em Espanha. Agora pelo que se sabe o sentido das deslocações é inverso já que lá foi legalizada essa prática. Porém, qual é a percentagem de mulheres com capacidade, financeira e não só, para ali se deslocarem ? Naturalmente baixa.
Mais um Testemunho, que só posso fazer nesta condição anónima:
Não posso provar porque infelizmente ela já morreu, mas continuo com a convicção de que a minha própria mãe terá recorrido a essa prática e de onde lhe terão resultado sequelas para o resto da vida. Ela que me perdõe se tal não for verdade!
Para concluir:
O que se trata agora não é da liberalização do aborto com já tenho ouvido dizer. Sobre isso não haja dúvidas que sempre que uma família quis sempre houve maneira de o fazer. O que se trata agora é de poder ser feito em segurança, com condições assistenciais adequadas e sem ter de ir passar pelo vexame de um julgamento em tribunal.
Embora tenha alguma dificuldade, voto favoravelmente
A minha opinião já foi dada num post anterior.
Apenas espero que, num tema que não é fácil e divide as pessoas, haja algum bom senso e respeito pelas opiniões, legitimas, de cada um e que as discussões sejam civilizadas.
Eu vou votar e fazer campanha pelo não.
A vida não é referendável.
http://antiaborto.blogspot.com/
A minha intenção era mais sobre a pergunta em si e não se concordam ou não com a interrupção voluntária da gravidez. De qualquer modo assumo a culpa foi minha por não ser bem explicito.
No entanto considero que já valeu a pena face à qualidade dos comentários aqui colocados, quase sempre sentidos e com cordiais.
Nem me atrevo a dizer o que penso... a solução final passa por não f**er... e prontos... mai nada!
... assim fica o problema resolvido de vez...lololololol...
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