Os nossos filhos que se fo....

Como � terceira � de vez: �� Salta, mais uma rodada de arrancadinhas, se faz favor!� disse eu. �Com ou sem martini?� perguntou o salta. �Sempre espirituoso este rapaz!� respondeu o Hor�cio, enquanto fazia o gesto da praxe para o Salta. Estava eu a beberricar, t�o necess�rio apetizer quando: �� Tonel, disfar�a que vem a� a pol�cia!� disse o Cabana. �Qual pol�cia, eu hoje at� vim a p�!� respondi eu. �N�o � isso... vem a� a tua Maria!� concluiu o Cabana. Passei o copo para dentro do balc�o, limpei as bei�as com um guardanapo e expirei forte v�rias vezes, numa tentativa de disfar�ar o bafo que tinha cultivado desde as oito da manh�. �Atura-a tu que eu j� n�o sei o que fazer! Est� outra vez com a mania das perguntas!...� disse a Maria, enquanto me colocava a minha pequenita Renata Vanessa ao colo. �Mas...mas...!� disse eu. �Nem mas, nem meio mas...! Essas manias dela s�o por causa de ti! Portanto atura-a tu!...� disse a Maria enquanto virava costas e se dirigia rua abaixo ? provavelmente ia � pra�a saber das �ltimas.
�Ent�o minha querida? O que andas tu a querer saber?� perguntei eu. �� pap�, o que � um or�amento?� perguntou ela. �Bem... assim de repente... � um papel em que escrevemos a previs�o dos custos de uma obra para um cliente...� disse eu. �N�o � desses que eu estou a falar... daqueles que aqueles senhores das cadeiras de pau falam na TV...� disse ela. �Essa � mais dific�l... mas vou tentar... um or�amento � um papel onde eles prev�em todas as formas de receber dinheiro da malta, e todas as maneiras de gastar o dinheiro da malta...� disse eu. �Boa pap�! J� entendi!... e o que � o �esefite�?� voltou ela a perguntar. �LOL... o de-fi-ci-te?... isso significa que eles gastam mais do que coseguem recolher!� respondi eu. �Ent�o, e quem vai pagar o que falta?� perguntou ela. ��s tu minha filha... �s tu...�